Costa diz que economia cresceu mais do que a previsão otimista do Governo
O primeiro-ministro considerou esta quinta-feira que o défice verificado em 2017 demonstra que a economia portuguesa cresceu mais do que a previsão inicial "otimista" do Governo e que a redução alcançada não resultou de cortes ou cativações.
António Costa assumiu esta posição em Davos, na Suíça, onde participa até sexta-feira no Fórum Económico Mundial, depois de confrontado com os mais recentes dados da Direção Geral do Orçamento sobre o défice alcançado por Portugal em 2017.
O défice das Administrações Públicas, em contas públicas, foi de 2.574 milhões de euros até dezembro do ano passado, menos 1.607 milhões de euros do que em 2016.
[citacao:São duas boas notícias: Uma boa execução orçamental e um excelente desempenho da economia]
Para António Costa, estes dados da Direção Geral do Orçamento revelam "bons sinais", segundo os quais "não só houve uma boa gestão orçamental, como, sobretudo, se verificou que a economia portuguesa cresceu mais do que o otimismo do Governo previa que se crescesse em 2017".
"Estes dados demonstram que o défice desceu não por más razões, como, por exemplo, por cortes excessivos na despesa com cativações - algo que se perdeu tanto tempo a discutir -, ou por cortes que não existiram no Serviço Nacional de Saúde ou na escola pública", sustentou o líder do executivo.
Pelo contrário, de acordo com o primeiro-ministro, o défice reduziu-se mais em 2017 "porque a economia cresceu mais e por essa via aumentou a receita".
"Como o emprego cresceu mais também aumentaram as contribuições sociais. É designadamente pelo saldo da Segurança Social e pelo aumento das receitas fiscais em consequência da atividade económica que resulta o défice verificado em 2017. São duas boas notícias: Uma boa execução orçamental e um excelente desempenho da economia", acentuou António Costa.