Seis públicas entre as 50 melhores nos testes do secundário

Privados continuam a dominar tabela. Mais escolas em terreno positivo, com apenas 85 abaixo dos 9,5 valores de um total de 616
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Pelo segundo ano consecutivo, a Academia de Música de Santa Cecília, de Lisboa, alcançou o topo dos rankings do ensino secundário, com uma média de 15,68 valores, deixando para trás - e com uma margem confortável de 0,65 pontos, com base nos critérios do DN - a concorrência mais próxima, dada pelo também já crónico candidato à liderança Colégio de Nossa Senhora do Rosário, do Porto. Nos primeiros 50 lugares cabem apenas seis escolas públicas.

Nuns rankings que, pela primeira vez, não são publicados no mesmo ano em que se realizaram os exames nacionais que lhes deram origem - o Ministério da Educação só disponibilizou as listagens, sob embargo, no mês de janeiro -, o predomínio do setor privado não é a única constante. Há outras assimetrias que saltam à vista, a começar pelo peso das duas principais cidades face ao resto do país. Quinze das primeiras 20 posições são ocupadas por escolas de Lisboa e Porto, com a capital a levar a melhor neste duelo particular.

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É, no entanto, do Porto a escola pública com a melhor prestação do ranking: a Secundária Garcia de Orta, que ficou no 33.º lugar geral graças à média de 12,91 valores alcançada pelos seus alunos no conjunto das provas com mais inscritos.

Básica e Secundária D. Filipa de Lencastre e Secundária do Restelo, ambas de Lisboa, foram a segunda e a terceira melhores escolas do Estado, nos 41.º e 42.º lugares, com médias de respetivamente 12,58 e 12, 54 valores. A primeira pública da lista que não está localizada em Lisboa ou Porto é a Básica e Secundária Henrique Sommer, de Maceira, Leiria. Os seus alunos conseguem uma média de 12,38.

Nas duas disciplinas com mais inscritos, mantém-se o predomínio do setor privado, com o Colégio de São João de Brito, de Lisboa, a ser o melhor a Português (14,97 valores) e o Colégio de Santa Doroteia, também na capital, a liderar na Matemática, com 16,36 valores de média.

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173 abaixo dos 10 valores

Numa listagem com um total de 616 escolas - tendo apenas ficado de fora aquelas cujos alunos realizaram menos de dez provas -, a grande maioria conseguiu cumprir os mínimos. Um total de 443 escolas tiveram média de dez valores ou superior no conjunto das disciplinas analisadas pelo DN, o que significa que 173 ficaram abaixo dessa faixa.

No entanto, uma vez que em termos de conclusão e de candidatura ao ensino superior os 9,5 valores já são considerados uma média positiva, pode dizer-se que apenas 85 escolas (cerca de 14% do total) não ficaram aprovadas na avaliação externa. De uma forma geral, apesar de as médias globais terem descido ligeiramente, houve mais escolas em terreno positivo no ano passado do que em 2016.

As prestações mais fracas - e também aquelas em que a classificação de exame mais destoou da classificação final dos alunos, que combina a nota interna com a prova (que vale 30%) - couberam neste ano a duas secundárias do distrito de Setúbal: a Secundária da Baixa da Banheira, cujos alunos não foram além dos 6,51 valores nos exames considerados no ranking do DN, e a Secundária de Santo António, que se ficou pelos 7,08 valores.

Raparigas continuam a liderar

Entre rapazes e raparigas, o domínio continua a ser delas. Em termos de classificações globais as diferenças não foram significativas, com uma média a rondar os onze valores no sexo feminino e três décimas abaixo entre os rapazes. Mas no conjunto dos exames nacionais da 1.ª fase, os rapazes só conseguiram melhores desempenhos em quatro disciplinas, de um conjunto de 18 provas: Inglês, Geometria Descritiva, Biologia e Geologia e Geografia A.

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