Conselho de Educação adia votação de parecer sobre perfil do aluno

Numa versão levada ontem votação, conselheiros defendiam a necessidade de "clarificar" conceitos e de valorizar Matemática e a cultura científica no documento em que o Ministério baseia várias propostas
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O Conselho Nacional de Educação (CNE) decidiu ontem "continuar e aprofundar a discussão" em torno do seu projeto de parecer sobre o Perfil dos Alunos para o Século XXI. O documento será agora levado a votação na reunião do próximo dia 19 de Abril.

Numa versão do parecer enviada às redações, com embargo até hoje, os conselheiros tinham defendido a necessidade de clarificar conceitos e de reforçar a importância do conhecimento, sobretudo em áreas que consideram de importância essencial, como a Matemática e a cultura científica do documento, que visa definir um perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória.

O perfil, elaborado por um grupo de trabalho liderado por Guilherme d"Oliveira Martins - e sobre o qual o Ministério da Educação pretende fazer assentar as reformas educativas do futuro -, valoriza a importância de se somar à aprendizagem formal o desenvolvimento de um conjunto de "competências" para o século XXI, do pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas práticos ao sentido de cidadania. E, num parecer elaborado a pedido do ministério, os conselheiros valorizam essas intenções.

Num documento que pretende promover a educação integral dos alunos e em que é frisada a importância da aquisição de "competências", por oposição à simples transmissão de conteúdos aos alunos, o CNE avisa que é importante que seja dado "relevo ao conhecimento como uma finalidade em si, a par do destaque que é dado às competências".

No capítulo das competências-chave defendem que se valorizem os "valores" (nomeadamente de cidadania) mas também aquelas que se referem a conhecimentos concretos numa era de "desenvolvimento científico sem precedentes", nomeadamente "a cultura científica e a Matemática".

O CNE adianta ainda que as recomendações não devem cingir-se apenas ao espaço escolar, mas envolver todos os "parceiros sociais" - nomeadamente as famílias - no esforço de qualificação dos alunos: "A escola não é uma ilha", avisam.

O Conselho Nacional de Educação aprovou hoje um parecer sobre o acesso ao ensino superior, no qual admite a necessidade de se melhorar o sistema, prometendo divulgar em breve a sua versão final.

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