Catarina Martins é a líder com melhor avaliação entre pares
A leitura dos resultados do Bloco de Esquerda nas últimas eleições legislativas - partido que conseguiu 19 deputados (antes eram apenas oito), com a maior percentagem e o maior número de votos de sempre - foi quase unânime: a proeza foi conseguida pela porta-voz do partido, numa campanha aguerrida e muito eficaz na mensagem. Os dados da sondagem da Universidade Católica vêm agora comprovar essa leitura. Catarina Martins é a líder partidária com avaliações mais positivas (58%). Além disso, a bloquista é reconhecida por quase todos os inquiridos, na ordem dos 90%.
Esta avaliação do Centro de Sondagens da Católica foi feita pedindo aos inquiridos que centrassem a sua avaliação no tempo decorrido entre as últimas eleições legislativas e a data do inquérito (5 e 6 deste mês). Ou seja, a própria negociação entre o Bloco de Esquerda e o PS não fez esmorecer essa visão mais positiva relativamente a Catarina Martins.
Seja como for, as principais figuras partidárias nacionais acabam por ser todas avaliadas com uma média negativa. O Presidente da República - que inicialmente indigitou Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro e só depois de o governo da coligação ter sido chumbado no Parlamento é que acabou por indicar António Costa para a chefia de um novo executivo - foi avaliado negativamente por 52% dos inquiridos, contra os 48% que o avaliaram positivamente.
Pedro Passos Coelho, que assumiu o lugar de deputado e líder da oposição, sobe claramente na percentagem de notas positivas e chega aos 56%, menos dois pontos percentuais do que Catarina Martins. O líder do CDS e parceiro de coligação também sobe na apreciação dos inquiridos.
Já o atual primeiro-ministro e líder do PS vê a sua prestação descer em relação ao anterior barómetro de junho. António Costa passou de 52% de avaliações positivas para 47% neste período em que foi o principal pivô político.
O nome de André Silva, deputado eleito pelo PAN, aparece pela primeira vez no barómetro, mas poucas pessoas conhecem o seu nome (só 22%).