Criminalidade 2017: moeda falsa, incêndios e burlas disparam
Os crimes de moeda falsa, incêndios florestais e burla fora os que mais contribuíra para o aumento de 3,3% da criminalidade geral em 2017, de acordo com o ministro da Administração Interna. No ano passado foram registadas mais 11.078 ocorrências criminais (330.872 para 341.950) Em contrapartida, os crimes violentos e graves registaram uma diminuição de 8,7%, com menos 1.458 ocorrências (16.761 para 15.303).
Na criminalidade violenta e grave as maiores descidas foram nos distritos de Vila Real (-33%), Coimbra (-27,5%), Setúbal (-12%), Lisboa (-9,7%) e Porto (-7,8%; -190). A subir estiveram os distritos da Guarda (+35%), Évora (+26%) e Portalegre (+19%).
O aumento dos crimes com numerário (+ 246%) deve-se, explicou, "a razões meramente estatísticas" de registo destes inquéritos pela PJ. "Em 2017 registou um vasto conjunto e processos de outros anos", afirmou. As burlas são, essencialmente, situações de vendas e arrendamentos fraudulentos através da internet. Em relação à subida dos incêndios florestais (+27%), estes crimes relacionam-se com os fogos de verão e Eduardo Cabrita sublinhou que foram detidos "mais de 30 suspeitos". Só estes três tipos de crime registaram + 14.900 ocorrências em 2017 relativamente a 2016.
Em declarações aos jornalistas depois a reunião do Conselho Superior de Segurança Interna que aprovou o RASI, o ministro assinalou algumas descidas "significativas" em categorias de crime que "mais afetam o sentimento de segurança das pessoas". É o caso do "furto a residência" e do "furto em veículo motorizado", da criminalidade em meio escolar" e da "criminalidade grupal", com reduções de 14, 11, 6,4 e 8,8% respetivamente. Sem avançar números concretos, o governante também destacou a descida dos roubos na via pública, dos roubos por esticão e dos roubos em transportes públicos. Estes no grupo da criminalidade violenta.
Eduardo Cabrita salientou ainda que, apesar dos roubos a ATM serem dos crimes que mais subiram em 2017 (+ 73%), "desde novembro que, graças a trabalho conjunto da PGR, do Sistema de Segurança Interna e das Forças e Serviços de Segurança, se regista uma significativa descida". Em fevereiro, revelou o governante, "o número destes roubos foi, pela primeira vez em muitos meses, zero".