Programa de Estabilidade é mais duro por culpa do anterior governo
O ministro das Finanças Mário Centeno disse hoje que "a discussão em torno do Programa de Estabilidade não pode ser desligada do estado das nossas finanças públicas". O governante coloca o ónus deste documento não ser melhor no anterior governo, já que "a gestão financeira falhada dos últimos anos é visível, sendo agora necessário enfrentá-la orçamentalmente".
Centeno defendeu que "a emigração e os cortes transversais fizeram com que cada português tenha hoje uma exigência maior à sua frente". O governo, garante o ministro, "não virou, nem vira, a cara às dificuldades. Por isso mesmo, tem sido objeto dos ataques políticos mais cínicos daqueles que nada fizeram, por ação dolosa e por omissão negligente".
O governante promete "uma execução orçamental rigorosa", como, defende, "já o demonstram os dados do primeiro trimestre conhecidos ontem. Mário Centeno lembra que "a receita da generalidade dos impostos está acima da previsão orçamental."
O ministro das Finanças acredita que "o INE [Instituto Nacional de Estatística] irá reportar em devido tempo uma melhoria significativa do défice do primeiro trimestre".Centeno insistiu que o "governo assume os seus compromissos", mas defende "uma integração europeia mais solidária".
Mário Centeno optou também por destacar o que Programa de Estabilidade não tem. Diz o ministro que é um compromisso "sem cortes salariais, sem aumento dos impostos diretos sobre os rendimentos do trabalho e das empresas e sem cortes de pensões".