Aviões russos intercetados junto a espaço aéreo português por F-16 da Força Aérea

Dois bombardeiros Tupolev estiveram junto ao espaço aéreo nacional, tendo sido escoltados por F-16 da Força Aérea Portuguesa.
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A NATO denunciou esta quarta-feira "manobras aéreas incomuns" e de "grande escala" da Rússia no espaço aéreo sobre o Oceano Atlântico e os mares Báltico, do Norte e Negro, nos últimos dois dias.

Aeronaves de três países da Aliança Atlântica descolaram de quatro locais diferentes para intercetarem os quatro grupos de aviões militares russos que, segundo a NATO, estavam "em manobras" nos espaços aéreos dos mares Báltico, do Norte e Negro.

A mais importante operação mobilizou aparelhos de três países da NATO, após a deteção de um grupo de oito aviões russos - quatro bombardeiros e igual número de aeronaves de reabastecimento - a voarem em formação sobre o Atlântico. Aviões da força aérea norueguesa dirigiram-se ao encontro dos aparelhos russos para os identificar.

Seis aviões militares russos alteraram as rotas, mas dois outros, bombardeiros Tupolev-95, não alteraram o percurso, continuaram para sul. Aparelhos da força aérea britânica descolaram para os escoltar, tendo-os entregue à Força Aérea Portuguesa. Aviões F-16 da FAP escoltaram-nos já junto ao espaço aéreo português, sobre o Oceano Atântico, a oeste do território continental.

Um porta-voz da Aliança Atlântica afirmou ao Wall Street Journal que os aviões "estiveram sempre em espaço aéreo internacional", garantindo que "não houve incursões sobre território da NATO. O aviões russos estiveram, no entanto, no espaço cujo tráfego aéreo comercial é controlado por Portugal, levantando questões de segurança para a aviação comercial.

Segundo a NATO, os aparelhos russos não tinham apresentado planos de voo, não estabeleceram qualquer contacto com as autoridades de aviação civil e não corresponderam às comunicações, o que "representa um risco potencial para os voos civis".

Os aviões russos em causa são Tupolev Tu-95, conhecidos como Bear H, bombardeiros estratégicos usados durante a Guerra Fria. Os outros aviões russos foram controlados pelas forças britânicas e norueguesas.

Um porta-voz do secretário-geral da Aliança Atlântica afirmou hoje que o número de interceções de aviões russos no espaço europeu "mais do que duplicou" desde o início do ano.

Outra operação foi conduzida pela Força Aérea turca sobre o mar Negro, para controlar um grupo de quatro aeronaves russas, incluindo dois bombardeiros Tupolev-95, disse a NATO.

Caças alemães também intervieram na terça-feira, para controlar um grupo de sete aviões de combate russos em manobras sobre o mar Báltico.

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