Luís Montenegro em Bruxelas. "Crescimento da economia é prioridade"
"Este é um ano onde nós estamos focados em dinamizar a economia, em atrair investimento, em simplificar, sabendo que isso é condição depois para a execução das políticas sociais", declarou Luís Montenegro, antes do início da reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, esta quinta-feira, 26 de junho.
O primeiro-ministro falava com jornalistas sobre a agenda do encontro de dois dias. Segundo Montenegro, a questão económica também será tema da reunião. "O processo de simplificação, o processo de diminuição da regulamentação, do excesso de regulamentação, é também uma meta que nós em Portugal estamos empenhadíssimos em promover", assegurou.
Ainda sobre este tema, Montenegro referiu que existe a "necessidade" que Portugal seja mais ágil e mais eficiente, como "condição para sermos mais competitivos, condição para termos um período de crescimento mais duradouro e que seja depois refletido em melhores salários, em melhores condições para atrair e reter capital humano, e também melhores condições para, aumentando a produtividade e a competitividade das empresas, atrairmos investimento".
O tema do mercado único de energia foi outro assunto mencionado pelo primeiro-ministro. "Há a concretização de um mercado único de energia e de uma estratégia comum até 2030 que passará, inevitavelmente, por acelerar as interligações energéticas", disse. O líder português complementou que o país tem "vindo a reclamar e cujo atraso na execução tem penalizado, e de que maneira a competitividade da Europa, a possibilidade de termos acesso a energia mais barata e de podermos ter condições no mercado de disputar com outros blocos comerciais".
Questionado sobre o encontro da NATO, com a presença de Donald Trump, Montenegro confirmou que teve a oportunidade de conversar com o presidente americano. "Efetivamente tive a ocasião de ter uma pequena conversa com o presidente Donald Trump, não vou agora estar aqui a difundir os termos da conversa, mas reiterar que Portugal e os Estados Unidos são aliados, são parceiros", explicou.
"Os Estados Unidos são, também, um importante parceiro económico e nós queremos salvaguardar a tendência de crescimento entre as nossas relações políticas e, sobretudo, económicas. E, portanto, desse ponto de vista, creio que também foi um bom pontapé de saída, visto que foi a primeira ocasião em que estivemos juntos".