Os deputados do PSD, PS e CDS-PP chumbaram as propostas do Chega, PCP e PAN para atribuir um suplemento remuneratório à PSP e à GNR..O Chega propunha a atribuição de um suplemento de missão à PSP, GNR e guardas prisionais equiparado ao da Polícia Judiciária, em substituição do "suplemento por serviço e risco nas forças de segurança, tanto na sua componente fixa como variável"..De acordo com a proposta do Chega, este suplemento seria pago mensalmente, em 14 vezes, e indexado à remuneração base do diretor nacional da PSP e do comandante-geral da GNR, correspondendo a 19,6% desse valor..Este projeto de lei foi rejeitado com os votos contra de PSD, PS e CDS, abstenção de IL, PCP e Livre e os votos favoráveis do proponente, BE e PAN..Também o PCP propunha a atribuição de suplemento de missão para as forças e serviços de segurança, no valor de 200 euros quando entrar em vigor, "aumentando em janeiro de 2025 para 300 euros e em janeiro de 2026 para 450 euros. "A partir de 01 de janeiro de 2027, o suplemento de missão passa a estar indexado ao aumento do vencimento do diretor nacional da PSP e do comandante-geral da GNR", acrescentava a proposta..Os comunistas propunham que este complemento fosse atribuído também aos guardas prisionais, Polícia Marítima e ASAE..O projeto de lei do PCP foi 'chumbado' com os votos contra de PSD, PS e CDS-PP, a abstenção de Chega e IL e o voto favorável de BE, PCP, Livre e PAN..O PAN tinha apresentado igualmente uma proposta para atribuição de um suplemento mensal, abonado em 14 meses e de valor calculado por referência à remuneração base do diretor nacional da PSP e do comandante-geral da GNR. No caso da PSP seria de 10% para oficiais, 12% para chefes e 15% para agentes, enquanto para a GNR seria de 10% para oficiais, 12% para sargentos e 15% para guardas..O PAN propunha que este suplemento de missão fosse atribuído também a guardas-florestais, guardas prisionais, Polícia Marítima e ASAE..A proposta apresentada pela deputada única teve votos contra de PSD, PS, IL e CDS-PP, a abstenção do Chega, e os votos a favor de BE, PCP, Livre e PAN..Depois da votação do projeto do Chega, o primeiro a ser votado, as pessoas que aderiram ao apelo de André Ventura e assistiram ao debate saíram ao mesmo tempo, deixando as galerias vazias..Enquanto saíam, foram aplaudidos pelos deputados do Chega..O Chega propunha, tal como os sindicatos da PSP e associações da GNR, um aumento de 200 euros entre 1 de julho e 31 de dezembro de 2024 ; mais 100 euros entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2025 ; e outros 100 euros entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2026 - um total de 400 euros. .Projecto foi chumbado com os votos contra de PSD, CDS e PS..O ministério da Administração Interna defende um aumento total de 300 euros no subsídio de risco [o chamado suplemento de missão] para PSP e GNR, e não os 400 reivindicados, sendo que 200 seriam já pagos em julho e os restantes 100 repartidos em duas tranches em 2025 e 2026..A proposta do Chega obteve os votos a favor da bancada do Chega, do PAN e do BE, e as abstenções do Livre e PCP. Os restantes partidos votaram contra, inviabilizando a proposta..Depois do Parlamento ter chumbado a proposta do Chega para aumentar o suplemento de missão da PSP e da GNR em 400 euros até 2026, todos os agentes que estavam a assistir ao debate nas galerias de São Bento levantaram-se em protesto e ouviu-se alguns gritos: "vergonha, vergonha"..O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, volta à proposta do Governo. Reforça que não pode ir mais longe. "300€/mês é muito dinheiro e é o que as contas públicas podem fazer.".Depois da intervenção do líder do Chega, alguns agentes à civil que assistiam ao debate nas galerias puseram os polegares para cima e fizeram gesto de concordância com a cabeça..André Ventura durante a intervenção, acusou o PS de ter posto os portugueses contra os polícias durante o debate e afirmou que a Iniciativa Liberal não sabe distinguir um polícia de um nadador salvador..A deputada do Chega Cristina Rodrigues, na sua intervenção no hemiciclo, depois de lembrar os números de agentes da PSP agredidos enquanto trabalhavam, dirigiu-se ao Governo e afirmou que "o que quer que seja que está a ser feito não é suficiente".."Nem mais um polícia discriminado", respondeu a deputada à promessa do primeiro-ministro de não dar "nem mais um cêntimo" à proposta do Governo..Nas galerias, vários agentes discordam e pedem mais. ."Aquilo que os senhores [Chega] não podem dizer é que não há compromisso", diz Hugo Soares..E simplificou a questão: "O Chega trouxe ao Parlamento uma questão pública. O Governo socialista cometeu uma falha. Ainda hoje não deram uma resposta por que fizeram o que fizeram - e bem - na PJ [aumentar os agentes].".Cláudia Santos, do PS, critica os projetos apresentados pelo Chega. Vai mais longe e compara o pedido de André Ventura em relação aos pedidos de protesto: "Vimos o mesmo acontecer no Capitólio, nos Estados Unidos, e em Brasília, no Palácio do Planalto.".Em resposta, Ventura puxa novamente dos oito anos de Governo PS e acaba a dar os exemplos de Cuba, Venezuela e Bolívia, "países socialistas onde morrem muitos polícias"..À entrada de São Bento, ao lado da fila de espera que continua demorada, um agente enverga um cartaz que revela que tem "quatro filhos" e paga "650 euros de ensino pré-escolar"..O vice-presidente do Sindicato Independente dos Agentes de Polícia, Rui Neves, afastou qualquer aproximação partidária para marcar presença no debate desta terça-feira mas garante que apelou aos polícias para estarem presentes porque está em discussão "diplomas importantes para as carreiras" da PSP e da GNR..Rui neves, à porta da Assembleia da República, disse aos jornalistas que o tempo de espera para entrar nas galerias tem sido normal e era o esperado para que fossem cumpridos os procedimentos de segurança..Questionado sobre o que espera da reunião com a ministra da Administração Interna, marcada para dia 9 de julho, Rui Neves confirmou que o SIAP não foi convocado para a reunião, apesar de considerar que "é um dos sindicatos mais importantes" da PSP. .Sobre a possibilidade de não ter sido convocado para a reunião por ter abandonado as conversações com o Governo, Rui Neves afastou esta possibilidade, uma vez que, lembrou, outros sindicatos que abandonaram a reunião com a ministra foram convocados para a próxima reunião..Rui Rocha, da IL, fala agora. Começa por dizer que a atitude de Ventura em pedir um protesto das forças de segurança foi "uma tentativa de condicionar" deputados. .A intervenção é interrompida várias vezes pelo presidente em exercício, Marcos Perestrello. A bancada do Chega critica e apupa o liberal..E diz ainda que "é uma irresponsabilidade" defender o direito à greve das forças de segurança. "Os bandidos, como o Chega gosta de referir, aproveitariam", diz..Usa como exemplo um deputado municipal de Braga do partido, condenado por extorsão, que "aproveitaria" essa greve para "exercer a sua atividade"..No final, passa em frente à bancada do Chega (e não vai por dentro do hemiciclo, como se costuma fazer), que leva vários deputados do partido a criticar a atitude do liberal..A deputada socialista Isabel Moreira acusou o primeiro-ministro de ter criado um "bloqueio negocial" entre o Governo e os sindicatos da PSP e GNR, na discussão do suplemento remuneratório.."O senhor primeiro-ministro fez um bloqueio negocial" ao dizer "nem mais um cêntimo" na proposta para as forças de segurança, considerando que já fez "um esforço medonho" e não está disponível para "trazer de volta a instabilidade financeira" ao país..Para Isabel Moreira, esta é uma "forma errada de proceder", uma vez que existem negociações entre a tutela e os sindicatos da PSP e associações da GNR, agendadas para 9 de julho.."Faltou firmeza e clareza na campanha eleitoral" do PSD e vários elementos da sociedade, professores e forças de segurança criaram "uma expectativa evidente"..Foi por isso que "o PS propôs um orçamento retificativo" ao governo PSD/CDS.."Quem prometeu tudo às forças de segurança diz agora isto", afirmou, referindo-se a Luís Montenegro.O deputado Jorge Pinto, do Livre, começa por dizer que a discussão de hoje é "paradigmática" do que tem sido "a postura teatral e de gritaria" do Chega e do seu líder, André Ventura..Para isso, "não contem com o Livre". Mas concorda que "as forças de segurança devem ser valorizadas"..João Almeida, do CDS, afirma que "parece que vale tudo para justificar uma causa política"..Os agentes da PSP e os guardas da GNR "não merecem que se apropriem delas" e das suas reivindicações. "Está em causa a dignidade", diz o centrista. .Conclui dizendo que "crimes contra forças de segurança devem, sim, ser punidos de forma mais severa". Isto já depois de criticar "aqueles que defendem a morte de agentes" e agora debatem este tema..Entretanto, mais galerias começam a ser ocupadas. Há quem se queixe de ter estado mais de 1h30 à espera. Na galeria central, há pessoas sentadas nas escadas..o.Leonardo Negrão / Global Imagens.Em resposta a António Rodrigues, André Ventura acusa o PSD: "Mentiu a campanha toda.".Lembra que os sociais-democratas têm zero diplomas para este debate. .Ouvem-se várias referências a "nem mais um cêntimo", como disse Luís Montenegro há dias..O barulho é tanto que a intervenção é interrompida por breves instantes..Há aplausos tímidos nas galerias. .Ao DN, confirmou que veio demonstrar o desalento em relação ao salário, mas não espera entrar nas galerias. Nem sequer está nafila..À medida que a conversa progrediu, assumiu que não estava "autorizado a falar", pelo que não adiantou mais nada..O deputado do PSD, António Rodrigues, diz que este debate está a ser usado pelo Chega para "animar", depois do "fracasso" que foram as eleições europeias.."Este tema foi tornado uma questão partidária", acusa o social-democrata..Além disso, deixa ainda críticas a Ventura: o protesto que instou que acontecesse "foi um fracasso" e, acusa, o líder do Chega esperava "ser levado em ombros". Mas "os agentes e os guardas são pessoas responsáveis", reitera. E acrescenta: a negociação está a ser feita pelos sindicatos..A bancada do Chega protesta, apupa e há vários gritos..António Rodrigues diz ainda que "o Chega grita, diz que vai responder às necessidades, mas não responde a nada". "Os diplomas apresentados" pelo partido "são tecnicamente errados".Depois de Isabel Moreira apresentar a proposta do PS para as forças de segurança, Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega, diz: "O projeto de resolução que o PS traz é pequeno, murcho e frouxo." A expressão foi utilizada pela socialista num debate anterior, para criticar o Chega..Recorre também à notícia do DN [ Governo de Costa “valorizou” PJ sem ter planos para PSP e GNR]para dizer que o PS quis "meter polícias contra polícias". .Entretanto, as galerias superiores já abriram e continua a entrar mais gente..O deputado Pedro Frazão, do Chega, dirigiu-se à entrada da Assembleia da República para falar com alguns dos profissionais das forças de segurança que estão à espera para entrar..Durante a intervenção do PS - a quinta da tarde -, as galerias continuam a encher, com várias pessoas a entrar..Há polícias que, entre si, perguntam se podem bater palmas às intervenções e manifestarem-se. Outros comentam: "Só entraram agora? Que tristeza.".A intervenção de Fabian Figueiredo, do BE, causa muita celeuma. Um deputado do Chega interpela depois o líder parlamentar bloquista e diz: "Tenham vergonha daquilo que defendem"..Durante a resposta ao pedido de esclarecimento, a intervenção de Fabian Figueiredo foi pautada por muitas críticas e ruído da bancada do Chega. O ambiente continua muito tenso e as reprimendas de José Pedro Aguiar-Branco são constantes..Segue-se Isabel Moreira, também muito criticada pelo Chega, que deixa apupos. Aguiar-Branco reitera: "É uma deputada como qualquer outra.".Questionado sobre se o Chega está a tentar "politizar" a valorização salarial da PSP e da GNR, o deputado rejeitou.."Quando alguém canta a Grândola numa cerimónia" ninguém reclama, apontou o deputado do Chega, referindo que as pessoas estão há mais de duas horas à espera para entrar..Um dos agentes que tenta entrar rejeitou a ideia de que há pessoas armadas na fila de espera afastando a ideia de que é a isso que se deve o atraso para entrar nas galerias de São Bento..André Ventura diz que proposta do seu partido quer "corrigir uma injustiça histórica" e acabar com "um país ao contrário". PS e PSD acusados de humilharem as forças de segurança..O presidente do Chega considera que as forças de segurança "não querem cêntimos, querem dignidade" e salientou que ser dia de "resolver uma injustiça histórica" e aprovar as propostas para atribuição de um suplemento salarial..No início da fila para entrar para a Assembleia da República, o incómodo começa a ser evidente..À porta do Parlamento, uma coluna de som dá o plenário em direto e já se grita "vergonha, vergonha". Uma das pessoas que espera para assistir ao debate no Parlamento trouxe uma coluna de som, onde se houve em direto a discussão sobre o projeto de lei do Chega em torno do suplemento de missão da PSP e da GNR. A acompanhar o que se passa, o incómodo da espera leva alguma das pessoas a gritar, reiteradamente, "vergonha, vergonha". Ouvem -se alguns assobios pontuais, mas os protestos não sobem de tom..O PAN defende a atribuição de um suplemento mensal, abonado em 14 meses e de valor calculado por referência à remuneração base do diretor nacional da PSP e do comandante-geral da GNR. No caso da PSP seria de 10% para oficiais, 12% para chefes e 15% para agentes, enquanto para a GNR seria de 10% para oficiais, 12% para sargentos e 15% para guardas..O PAN propõe que este suplemento de missão seja atribuído também a guardas-florestais, guardas prisionais, Polícia Marítima e ASAE..PCP propõe a atribuição de suplemento de missão para as forças e serviços de segurança, no valor de 200 euros quando entrar em vigor, "aumentando em janeiro de 2025 para 300 euros e em janeiro de 2026 para 450 euros. "A partir de 01 de janeiro de 2027, o suplemento de missão passa a estar indexado ao aumento do vencimento do diretor nacional da PSP e do comandante-geral da GNR"..Depois de várias interrupções, o debate prossegue. Ao mesmo tempo, as galerias continuam a encher pouco a pouco, com as pessoas do exterior a preencherem a assistência..O ambiente dentro do hemiciclo está muito crispado. Vários deputados de diferentes bancadas trocam acusações. Ouvem-se insultos e vários apupos, e António Filipe, do PCP, que já devia ter intervido, ainda não falou..Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, não aceita as criticas de André Ventura. Chega exige que se deixe entrar no Parlamento os polícias que estão na rua. ."Abram a porta, cara...", gritou alguém face à demora para assistir à sessão plenária..Ao DN, um dos agentes que está à espera disse que está em frente a São Bento desde as 13h30, sabendo que a o debate pela valorização salarial começava às 15 horas..Os assobios sobem de tom e a impaciência de quem está à espera é notória..André Ventura quer aprovar na Assembleia da República proposta dos sindicatos da PSP e associações da GNR que o ministério da Administração tem recusado. Chega pede manifestação de “força” com polícias fora e dentro do Parlamento..O Chega propõe, tal como os sindicatos da PSP e associações da GNR, um aumento de 200 euros entre 1 de julho e 31 de dezembro de 2024 ; mais 100 euros entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2025 ; e outros 100 euros entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2026 - um total de 400 euros..O ministério da Administração Interna defende um aumento total de 300 euros no subsídio de risco [o chamado suplemento de missão] para PSP e GNR, e não os 400 reivindicados, sendo que 200 seriam já pagos em julho e os restantes 100 repartidos em duas tranches em 2025 e 2026..“Preciso que venham para o Parlamento, nas galerias e fora do Parlamento, mostrar a força (...) venham do país inteiro”, desafia Ventura. .A fila com largas dezenas de pessoas que esperam para entrar no Parlamento não se mexe. Face ao tempo de espera, alguém, que está perto da porta, gritou "isto é uma vergonha"..A acompanhar este protesto, ouviram-se alguns assobios, mas discretos. .A espera mantém -se ordeira..ão muitas dezenas de pessoas que esperam em fila para entrar na Assembleia da República, pela entrada dos convidados..Ao DN, algumas das pessoas confirmaram ser agentes da PSP, mas depois de questionados sobre se foram convocados por algum sindicato ou se estão a responder ao apelo do Chega, a resposta foi negativa..Um dos agentes, que se identificou como tal, disse que nem pertencia a qualquer sindicato e muito menos que teria qualquer filiação partidária. Vem porque o assunto lhe diz respeito, confessou, referindo-se à valorização salarial que será debatida dentro de momentos..O primeiro-ministro já garantiu que o Governo não vai colocar "nem mais um cêntimo" na proposta para as forças de segurança, dizendo que já fez "um esforço medonho" e não está disponível para "trazer de volta a instabilidade financeira".."Há uma coisa que não pode acontecer: é o Governo perder a autoridade de se preocupar com toda a sociedade, com todos os outros. Enquanto eu for primeiro-ministro, estarei disponível para resolver tudo aquilo que tem de ser resolvido em Portugal, mas não para trazer de volta a instabilidade financeira, o sofrimento para todos só para cumprir o interesse particular de alguns", afirmou Luis Montenegro, no encerramento das jornadas parlamentares do PSD, em Sintra..O presidente do PSD deixou um aviso sobre o debate parlamentar marcado pelo Chega para quinta-feira, sobre as carreiras das forças de segurança, dizendo que este partido levará a discussão diplomas que invadem a esfera de competência do Governo.."Respeitamos a opinião política de todos, mas não vacilamos em denunciar, em combater, em confrontar os que se guiam pelo oportunismo, pela instrumentalização de problemas reais. Na próxima quinta-feira, veremos de que lado estão todos e cá estaremos todos para assumir a responsabilidade do que entenderem decidir", afirmou..Os socialistas continuam sem ter uma proposta concreta para resolver a situação. No projeto de resolução (ou seja, sem força de lei) que entregam, recomendam ao Governo que, por um lado, assegure “um tratamento equitativo entre funções e atividades semelhantes” após falar com “as associações sindicais e profissionais representativas das forças de segurança”. E, por outro lado, pedem que aprove a alteração à Portaria n.º 298/2016, que “regula o regime dos serviços remunerados, designadamente a sua requisição, autorização, duração, organização e modos de pagamento” - que já foi “concluída e integrada na pasta de transição legada pelo XXIII Governo Constitucional [o anterior]”. .De resto, o partido de Pedro Nuno Santos recomenda, entre outras, que o Governo continue a criar “condições aos profissionais deslocados, com a colaboração dos municípios, através de apoios ao alojamento e das suas famílias” e que conclua “as ações previstas na Lei de Programação das Infraestruturas e Equipamentos para as Forças e Serviços de Segurança do Ministério da Administração Interna até 2026” com um valor de 607 milhões de euros destinados, por exemplo, a investir em equipamento de proteção individual. .Outra preocupação é a saúde mental das forças de segurança. E neste campo há mais duas resoluções a votos: uma do Chega e outra do PAN (além de um tópico no diploma do PS). Ainda que com formulações ligeiramente diferentes, os três partidos mostram-se preocupados com problemas como o burnout destas pessoas e, também, com os dados relativos ao suicídio entre os agentes..Por seu lado, o BE apresenta dois diplomas: um, relacionado com as infraestruturas e a condições de “bem-estar, salubridade e segurança” no local de trabalho de PSP e GNR; o segundo, prende-se com outro tema de consenso - a valorização das carreiras das forças de segurança. Não obstante palavras diferentes aqui e ali, todos os partidos concordam, exceto o Chega, que deve ter como “referência” a remuneração base do diretor nacional (no caso da PSP) e do comandante-geral (para a GNR) - tal como já acontece, aliás, na PJ..O PCP também apresenta um projeto de lei nesta área e define valores: o subsídio de risco é "aquando da sua entrada em vigor, de €200, aumentando em janeiro de 2025 para € 300 e em janeiro de 2026 para €450." E a partir de janeiro de 2027, passa a estar "indexado ao aumento do vencimento do Diretor Nacional da PSP e do Comandante-geral da GNR". Estes parâmetros são, "com as devidas adaptações", à guarda prisional, Polícia Marítima e ASAE..Ventura vai apresentar uma proposta igual à dos sindicatos da PSP e associações da GNR que o ministério da Administração tem recusado..Como vai hoje o PS votar as propostas no Parlamento? E tem propostas alternativas? Até à hora de fecho, nenhuma resposta foi transmitida ao DN. CDS, PCP e BE também optaram pelo silêncio. O PSD, dado que está em curso “um processo negocial”, afirma não fazer sentido “ser favorável a qualquer proposta”. O PAN votará a favor das propostas do Chega exceto duas que “visam alterações à legislação penal”. A IL ainda estava a “analisar” as propostas. .A polémica começou a 29 de novembro do ano passado. Nesse dia, Catarina Sarmento e Castro, ministra da Justiça , acentuou - apesar de, apurou o DN, não ter tido um papel preponderante na decisão - as diferenças salariais entre PJ, sob sua tutela, e PSP e GNR na dependência de José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, que incomodaram o Presidente da República pelo “tratamento desigual e discriminatório” que o Governo de Costa tinha acabado de criar. .“O investimento na valorização das carreiras da PJ” traduzido no pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que, em alguns casos, podia representar um aumento de quase 700 euros por mês, abriu, quase no imediato, protestos sem que o governo socialista “tivesse qualquer proposta”, refere ao DN fonte do anterior Governo, para apresentar aos sindicatos da PSP e associações da GNR..A 9 de janeiro, José Luís Carneiro, que não foi parte ativa nos aumentos da PJ e que assim, refere um antigo governante, foi “alvo de fogo amigo” no Governo, só conseguia dizer que “temos de continuar a trabalhar para aproximar as condições remuneratórias”, sublinhando que se previa, sem concretizar, “um aumento entre 2023 e 2026 de 20% nas condições remuneratórias”. .Onze dias depois, usou o argumento de um governo em gestão alegando “os impactos orçamentais muito significativos”. “Não podem”, explicava o ministro, “existir decisões fora do quadro orçamental, o ministro da Administração Interna não tem esse poder”..Não tinha o “poder”, mas tinha a opinião de que teriam que ser envolvidos os ministérios da Administração Pública, das Finanças, da Administração Interna, da Defesa Nacional, da Justiça e da Economia e que teria de se “comparar as funções e a natureza das forças e serviços de segurança (...) e estabelecer uma comparação entre os diferentes suplementos das forças e serviços de segurança e dos órgãos de polícia criminal”..Um dia antes, Marcelo Rebelo de Sousa, tal como era opinião do então diretor nacional da PSP, José Barros Correia, e do comandante-geral da GNR, Rui Veloso, fez saber, numa nota publicada no site da Presidência, que “os profissionais da GNR e da PSP, e das outras polícias, devem ter um regime salarial compensatório equiparado ao da PJ” de forma a que cessasse “o tratamento desigual e discriminatório”.."O PAN votará a favor de todas as iniciativas que o Chega propôs, à excepção das duas iniciativas legislativas que visam alterações à legislação penal, uma vez que as mesmas para lá de tecnicamente erradas dividem o país entre bons e maus e seguem um penalismo de tendência totalitária que não acompanhamos", assegura o partido.."Importa contudo sublinhar", destaca o PAN, "que vão estar em debate e votação três iniciativas legislativas que visam resolver a injustiça do suplemento de missão não atribuído à GNR, PSP e guardas prisionais: uma do CH, outra do PCP e outra do PAN. Deve lembrar-se que a Ordem dos Advogados se pronunciou sobre todas elas e apenas deu parecer favorável à proposta do PAN, uma vez tratar-se da melhor proposta do ponto de vista tecnico e da única que não deixa nenhuma força e serviço de segurança de fora, mas principalmente a única que atribui o suplemento de missão em termos que respeitam o disposto na constituição"..Sobre os apelos aos polícias para que estejam no Parlamento, o PAN considera ser este "um caminho perigoso para a democracia" e diz que "as forças de segurança devem pautar a sua atuação pela total independência e não devem ser instrumentalizados para fins politico-partidários".."Em princípio encontrando-se ainda um processo negocial em curso não faz sentido ser favorável a qualquer das propostas", garante ao DN o deputado social-democrata António Rodrigues, que sublinha as "dúvidas de constitucionalidade" de algumas iniciativas do Chega..António Rodrigues afirma ainda que "a posição de um partido a incentivar a mobilização pública é tomar parte num processo negocial como se um sindicato fosse".."Mas estamos convictos", considera, "que dentro e fora do parlamento as forças de segurança tem um sentido claro das suas responsabilidades" e do "direito a manifestação"..Para já, o ambiente em frente à escadaria principal está calmo, não havendo qualquer protesto. Há alguns agentes da PSP em serviço, bem como uma carrinha de intervenção rápida. Mas é só..O maior número de pessoas, neste momento, está na lateral, perto do jardim de São Bento. Aí, estão várias dezenas de pessoas, presumivelmente à espera da abertura das galerias - que só acontecerá quando o debate no plenário se iniciar, às 15h..Sindicatos da PSP e associações da GNR recusam contrariar o Chega. “A participação cívica é legitima”, alegam. PSP vai reforçar segurança da Assembleia da República. “Não é nenhum apelo à desordem”, diz Ventura que pede aos polícias que “se mobilizem e compareçam no parlamento” ..“Não vou”, garante o porta-voz dos sindicatos da PSP e associações da GNR “apelar a que não vão ao parlamento porque é um direito de qualquer cidadão e de qualquer polícia poder aderir ou não. A participação cívica é legitima. É um direito de qualquer um de nós”..Paulo Santos, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), é claro: “Não condeno a iniciativa do Chega”. Os polícias”, defende, “devem mobilizar-se para todo o lado que entendam que lhes é útil, na defesa da sua condição”. .Em total concordância com o partido de André Ventura, o denominado inorgânico Movimento Zero veio já pedir a “mobilização” dos policias que “pode fazer a diferença”..Na mensagem publicada no Facebook, é feito um apelo “a cada um de vós [policias] para que estejam presentes em frente à Assembleia da República. É uma oportunidade única para fazer ouvir a nossa voz, para exigir respeito e melhores condições de trabalho”..Segundo o Expresso, "foi o Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP), da PSP, quem mobilizou no final da semana passada as forças de segurança para "encherem as galerias" da Assembleia da República".