Portugal assina acordo para treinar militares ucranianos em blindados Leopard
O ministro da Defesa, Nuno Melo anunciou esta quinta-feira, em Bruxelas, que Portugal tem “disponibilidade imediata” para iniciar a formação de militares ucranianos para missões em carros de combate Leopard.
“Os carros de combate são uma prioridade para o esforço de guerra ucraniano, e Portugal também estará a contribuir nesta ação que é a formação de militares ucranianos”, afirmou o ministro, à margem de uma reunião de titulares da pasta da Defesa, na sede da Aliança Atlântica, detalhando que “a assinatura seria esta quinta-feira durante a tarde e a disponibilidade de Portugal é, a esse propósito, imediata”.
O reforço das competências operacionais dos militares ucranianos para manobrar os carros de combate Leopard esteve na linha da frente do apoio português em relação a este equipamento. Aliás, em junho de 2022, antes de Portugal decidir ceder três dos seus blindados Leopard 2A6, a anterior ministra, Helena Carreira, anunciou que a disponibilidade portuguesa dizia respeito apenas à formação, numa perspetiva de ajuda a longo prazo.
Naquela altura, Helena Carreiras admitiu que a ajuda seria prestada “em função das necessidades da Ucrânia”, de acordo com “a decisão” de Kiev, embora houvesse disponibilidade para “responder” de modo a que esse treino fosse providenciado desde logo, e “não apenas para o pós-guerra”.
Na reunião desta quinta-feira, em Bruxelas, o ministro da Defesa da Ucrânia alertou novamente para a necessidade urgente de mais equipamentos e de outros tipos de ajuda. O ministro português da Defesa afirma que esta é também uma resposta de Portugal aos insistentes pedidos por parte de Kiev.
“Portugal, à escala das nossas possibilidades, tem contribuído financeiramente, no que diz respeito a equipamentos, contributos e formação”, destacou, mostrando-se convencido de que o apoio dado pelos aliados acabará por fazer a diferença no campo de batalha.
“As dificuldades para a Rússia começam a aumentar e os aliados, nomeadamente para este efeito, também continuam a aumentar, e uma coisa e outra conjugadas, desejavelmente, poderão significar mais más notícias para a Rússia, melhores notícias para a Ucrânia”, afirmou.