Marcelo aguarda resultado de novo teste e ouve partidos pelo telefone
"O Presidente da República já realizou novo teste com o INEM, cujo resultado deverá ser conhecido dentro de algumas horas, e vai esta tarde consultar telefonicamente os Partidos Políticos sobre a renovação do estado de emergência", refere nova nota publicada no site da Presidência da República.
Esta terça-feira, um dia depois de ter testado positivo à covid-19, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu o resultado de um novo teste PCR, que deu negativo. Aguarda em isolamento pelo resultado deste teste confirmativo e pelas consequentes orientações das autoridades de saúde.
"O resultado do teste realizado esta noite pelo Instituto Ricardo Jorge foi negativo", diz a nota da Presidência da República divulgada esta terça-feira de manhã.
"O Presidente da República mantém-se em isolamento e aguarda a realização de um teste confirmativo. Enquanto aguarda pelo resultado, bem como pelas subsequentes orientações das autoridades de saúde, o Presidente da República assistirá, por videoconferência, à reunião desta manhã no Infarmed", acrescenta a nota.
Na segunda-feira, às 22.00, a Presidência da República comunicou que o chefe de Estado tinha tido um teste positivo de diagnóstico ao novo coronavírus, mas estava assintomático, e cancelou toda a sua agenda para os próximos dias.
Duas horas depois, foi divulgado que Marcelo Rebelo de Sousa já tinha respondido ao inquérito epidemiológico e realizado novo teste de diagnóstico, realizado pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), cujo resultado deveria ser conhecido dentro de algumas horas.
O Presidente da República, de 72 anos - candidato a um segundo mandato em Belém -, que já estava com precauções extra devido a um contacto recente com um assessor infetado, recebeu no Palácio de Belém uma comitiva do PSD, que incluiu o autarca de Ovar, Salvador Malheiro, igualmente infetado.
O primeiro-ministro, António Costa, falou ao telefone com o Presidente da República e garantiu "contacto permanente".
Entretanto, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu a um inquérito epidemiológico após ter testado positivo ao novo coronavírus e realizou novo teste de diagnóstico, aguardando o resultado dentro de horas.
O Presidente da República e recandidato ao cargo, Marcelo Rebelo de Sousa, tinha feito inscrição para o voto antecipado em Lisboa, no domingo, embora reservando a possibilidade de votar em Celorico de Basto no dia das eleições.
Marcelo Rebelo de Sousa, que entretanto testou positivo ao novo coronavírus e está em isolamento no Palácio de Belém, revelou a sua inscrição para o voto antecipado em entrevista ao podcast "Perguntar Não Ofende", de Daniel Oliveira e João Martins, gravada na segunda-feira e divulgada esta terça-feira.
Nesta entrevista, disponível em www.perguntarnaooofende.pt/pno/presidenciais-2021-marcelo-rebelo-de-sousa, o chefe de Estado e candidato presidencial diz não temer que um provável confinamento geral tenha fortes efeitos na participação eleitoral nas eleições de 24 de janeiro, realçando que "o voto antecipado que está a ter uma adesão massiva, muito grande".
"E eu devo dizer que eu próprio me inscrevi para utilizar o voto antecipado. Utilizarei ou não, mas é uma arma que tenho para ver até ao dia 17", revela. "Eu, se votar, votarei em Lisboa, na Reitoria da Universidade, mas devo dizer que guardo sempre a hipótese de votar em Celorico de Basto", acrescenta.
Celorico de Basto, terra natal da sua avó Joaquina, no interior do distrito de Braga, é o lugar onde Marcelo Rebelo de Sousa tenciona terminar a sua campanha eleitoral, como fez há cinco anos, e onde costuma votar.
Interrogado se o voto antecipado em mobilidade pode passar a ser mais facilmente utilizado em futuras eleições, concorda: "Pode e deve ser. Quer dizer, tem de se ir muito mais longe, e não só cá, também em termos de emigrantes".
O Presidente da República e candidato presidencial apoiado por PSD e CDS-PP, antevê, ainda assim, que "vai aumentar a abstenção" nestas eleições presidenciais.
Questionado se entende que será o mais penalizado pela abstenção, Marcelo Rebelo de Sousa responde: "Sem dúvida, mas sobretudo o que penaliza é a democracia. Quer dizer, uma abstenção da ordem dos 75%, 80%, é muito, muito, muito penalizadora para a democracia - também é para o Presidente vencedor, mas é sobretudo para a democracia".
Contudo, manifesta-se esperançoso de que esse cenário não se venha a verificar: "Eu tenho a sensação de que, sendo um dia de desconfinamento, as pessoas vão descomprimir, vão libertar-se, e vão associar o voto a esse desconfinamento".
Sobre a decisão de levantar restrições no período do Natal, o Presidente da República realça que houve "uma unanimidade" nesse sentido por parte dos partidos e que se avançou "com dúvidas, com hesitações".
Interrogado se foi um erro, afirma: "Foi um risco. Eu tinha sempre uma predisposição menos aberta. O Governo tinha sempre mais aberta. Mas tentávamos chegar a um equilíbrio. E aqui chegámos a um equilíbrio e este equilíbrio já se sabia à partida que tinha muitos riscos. Se quiser, avançou-se no sentido de dizer: há que fazer esta descompressão e pagar o preço, esperemos que não seja um preço muito elevado".
Notícia atualizada às 12:37