Marcelo defende Temido: "O problema de fundo é estrutural. Não é de um governo"

Presidente da República considerou ainda que o "aumento histórico" das pensões anunciado esta segunda-feira pelo primeiro-ministro "não é uma realidade que seja incomportável".
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Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o "aumento histórico" das pensões anunciado esta segunda-feira pelo primeiro-ministro "não é uma realidade que seja incomportável, mesmo num quadro de imprevisibilidade".

"É muito dinheiro, pode ser mais de 2 mil milhões de euros, mas não quer dizer que seja para ficar para sempre. Depende do crescimento e da inflação", acrescentou.

Sobre a saúde, o Presidente da República considera que "houve um problema nas duas últimas semanas, com as pontes, de escassez de médicos em alguns setores da saúde" e que há vários problemas no SNS: "uns urgentes e outros muito urgentes".

"Há problemas urgentes, como a febre, e problemas de fundo. Há áreas em que o número de profissionais de saúde é suficiente e outras em que não. Deve haver uma perspetiva de conjunta, se não passamos a vida a remendar e a dizer que o SNS podia funcionar muito melhor. Esta é uma altura para olhar para o conjunto e perceber quais são os problemas que são fundamentais. É preciso fazer um balanço do SNS", frisou aos jornalistas, à margem do 10.º aniversário do Conselho de Finanças Públicas, considerando que os problemas do SNS são anteriores a Marta Temido.

"O problema de fundo é estrutural. Não é de um governo, é um bocadinho de haver políticas diferentes entre governos. As queixas vêm de longe. SNS tem enfrentado pressões como nunca tinha enfrentado. Acorre ao SNS muita gente envelhecida e pobre. Há novos desafios e é preciso reajustar o SNS. Esta não é uma realidade de A, B, C ou D", salientou.

"PRR permite alguma folga, mas o dinheiro não irá todo para a saúde. Como já sou muito velho, havia uma altura em que eu achava que se alterava uma ou duas pessoas e estava resolvido, mas não é assim. O fundamental são as políticas", aditou.

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