Em setembro, as sucessivas administrações da Santa Casa da Misericórdia, desde 2011, vão ser analisadas no Parlamento.
Em setembro, as sucessivas administrações da Santa Casa da Misericórdia, desde 2011, vão ser analisadas no Parlamento.A.R. / Arquivo DN

Inquérito à Santa Casa recua até à gestão de Santana

Comissão será presidida pelo PS e terá nove objetivos de trabalho. Todos os governos desde Passos Coelhos estarão na mira dos deputados.
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai investigar as decisões de gestão estratégica e financeira da instituição nos últimos 13 anos, começando com a provedoria de Santana Lopes, e procurar “apurar responsabilidades políticas”.

Estes objetivos constam do texto final consensualizado entre os partidos proponentes, após a aprovação em junho, pela Assembleia da República, das propostas do Chega, Iniciativa Liberal e Bloco de Esquerda para a constituição de uma CPI à gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).

De acordo com o texto, composto por nove objetivos, um dos intuitos desta CPI é “inquirir as decisões de gestão estratégica e financeira efetuadas por parte da SCML, associadas ou subsidiárias, desde 2011, que possam ter contribuído para o desequilíbrio financeiro da SCML”. A CPI irá assim cobrir um período temporal de 13 anos e a totalidade do mandato de três provedores, começando com o do ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, que tomou posse em setembro de 2011, nomeado por Pedro Passos Coelho.

Além de  “avaliar e esclarecer as decisões efetuadas pelas mesas da SCML em funções, os respetivos provedores e os membros das administrações das empresas subsidiárias quanto à diversificação das fontes de financiamento, avaliação de risco, apoio jurídico e financeiro aos negócios efetuados nesse contexto, nomeadamente relacionados com a internacionalização, novas áreas de negócio no âmbito do jogo ou compra de novos equipamentos”, a CPI quer, de entre os nove objetivos, procurar “apurar as responsabilidades políticas, contratuais, legais e financeiras” que levaram a SCML à atual situação e “avaliar a definição das orientações gerais de gestão e de fiscalização da atividade de gestão” da instituição por parte da tutela entre 2011 e 2024.

A CPI toma posse no próximo dia 18 de setembro e será presidida por um deputado do PS, cabendo ao PSD e ao Chega as vice-presidências. No total, será composta por 25 membros: sete deputados do PSD e do PS, quatro deputados do Chega, dois deputados da Iniciativa Liberal e um deputado do BE, PCP, Livre e PAN.

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