Política
27 janeiro 2022 às 12h43

Ministro das Finanças alemão declara apoio à Iniciativa Liberal

Numa mensagem vídeo, o político alemão declarou o apoio à IL e considerou ser esta a altura certa para Portugal ter políticas liberais.

DN/Lusa

O Ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, declarou esta quinta-feira o apoio à Iniciativa Liberal para as eleições de domingo. Num vídeo enviado às redações, o líder do FDP (o partido liberal da Alemanha) considerou que "estes são tempos difíceis" e que, por isso, "há a oportunidade para votar na Iniciativa Liberal (IL)".

Lindner considerou que esta é a altura "para tornar Portugal mais forte e de apoiar políticas liberais" não só na país mas também na Europa.

Em comunicado, a IL explica ainda que "o FDP é um dos partidos com maior afinidade dentro da família liberal europeia".

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) assumiu que o objetivo de obter 4,5% dos votos nas eleições legislativas é "ambicioso", mas "francamente alcançável" depois de as pessoas perceberem que as suas propostas não são "bizarrias, nem coisas inventadas".

"Temos conseguido passar as nossas ideias e, à medida que vão sendo discutidas, todos percebem que não são bizarrias, nem coisas inventadas porque funcionam noutros países e, portanto, aquele mantra que eu uso constantemente `o liberalismo funciona e faz falta´ é exatamente aquilo que quero transmitir nesta campanha", disse João Cotrim Figueiredo à Lusa durante uma curta viagem no autocarro de campanha batizado de "votocarro".

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E votocarro porquê? Porque a Iniciativa Liberal quer os votos dos portugueses para "pôr Portugal a crescer", depois de PS, com BE e PCP, terem demonstrado não saber como o fazer, considerou.

A poucos dias do decisivo dia 30 de janeiro, Cotrim Figueiredo faz um balanço "bastante positivo" da campanha, apesar de considerar que talvez não seja a pessoa ideal para o fazer por ser presidente do partido e cabeça de lista por Lisboa e, por isso, não ter "suficiente objetividade".

Mas, baseando-se na opinião de quem o rodeia, nomeadamente da sua comitiva, o liberal referiu que o `feedback´ que recebe é de que o partido está a crescer.

"Estava à espera deste crescimento. Quando fixamos o objetivo claro dos 4,5% dos votos a nível nacional e dos cinco mandatos muita gente achou que era ambicioso, mas eu acredito que é francamente alcançável", afirmou.

Cotrim Figueiredo acredita que a sua mensagem está a passar e que as pessoas já entenderam que existem alternativas às medidas que têm sido tomadas e às políticas que têm sido seguidas.

Se ficar acima do objetivo traçado significa que a campanha foi "muito bem-sucedida", já se ficar abaixo haverá tempo para se tirarem consequências, assumiu.

Com a reforma estrutural do Sistema Nacional de Saúde (SNS), a privatização da TAP e a taxa única do IRS de 15% na agenda, o liberal optou por fazer uma campanha mais discreta e mais focada em reuniões de trabalho com associações empresariais, administrações de hospitais e direções de escolas do que em arruadas ou feiras.

"Nós tentamos adaptar a nossa maneira de fazer campanha à nossa vontade de passar as ideias", explicou.

O presidente da IL apontou que o foco da campanha esteve nas mensagens, sobretudo no facto de existir uma "alternativa viável àquilo que as pessoas consideram como uma espécie de desesperança e falta de horizontes".

E são precisamente essas mensagens que, enquanto se desloca no "votocarro" liberal, Cotrim Figueiredo vai preparando, enquanto ouve música, consulta as redes sociais e debate com quem o acompanha, confidenciou.