Rui Rocha vítima de ativistas climáticos enquanto discursava. IL apresenta queixa e fato será leiloado

Durante a manhã, Montenegro não fechou a porta a um acordo com a IL. À tarde, o líder liberal discursava num comício quando dois ativistas pelo clima o atingiram com tinta verde.
Rui Rocha vítima de ativistas climáticos enquanto discursava. IL apresenta queixa e fato será leiloado
TIAGO PETINGA/LUSA

Rui Rocha atingido com tinta por ativistas climáticos

Quando discursava em Lisboa, num comício, o líder da IL, foi interrompido por dois ativistas climáticos.

Um deles, envergando um cartaz onde pedia o fim ao fóssil ("Para a nossa espécie não ficar extinta, fim ao fóssil 2030"), posicionou-se atrás de Rui Rocha.

Apercebendo-se da situação, o líder da IL dirigiu-se aos dois jovens ativistas, dando-lhe algumas palavras. Foi nessa altura que um deles retirou, de um saco, um pó verde que despejou em cima de Rui Rocha.

O liberal desvalorizou o assunto e continuou a discursar, despindo apenas o casaco e recusando um papel para limpar o pó verde.

Esta não é a primeira vez que um líder partidário é atingido com tinta. Na campanha para as legislativas de 2024, Luís Montenegro, líder do PSD, também foi vítima de ativistas climáticos. Devido a esse incidente, o agora primeiro-ministro apresentou queixa contra Vicente Fernandes, que foi condenado por dois crimes de dano.

Montenegro joga vólei de praia e admite “boa dupla” com Rocha mas sempre com CDS

No final de um jogo de vólei de praia e de um mergulho em Espinho, o presidente do PSD admitiu este domingo que poderá fazer “uma boa dupla” com o líder da IL, embora sem saber como é que ele joga.

Este jogo de vólei de praia de Montenegro com os amigos – uma prática habitual ao domingo do também primeiro-ministro – não faz parte da agenda de campanha da AD para as legislativas, mas a comunicação social foi previamente informada.

MIGUEL A. LOPES/LUSA

No sábado, o presidente da Il, Rui Rocha, também jogou vólei de praia na campanha e manifestou-se disponível para acolher na sua quadra quem quiser mudança, numa alusão implícita a futuros entendimentos pós-eleitorais com a AD.

Rui Rocha jogou ontem vólei de praia
Rui Rocha jogou ontem vólei de praiaFILIPE AMORIM/LUSA

Este domingo, depois de um jogo de cerca de meia hora e de um mergulho no mar, o líder do PSD foi questionado se também não se importaria de jogar com Rui Rocha, tal como ele tinha manifestado disponibilidade.

“Eu também não. Aliás, ele deve ter ganho esse apelo pelo vólei aqui em Espinho. Ele já viveu cá, sentiu-se inspirado, com certeza, e ainda bem”, disse Montenegro.

À pergunta se faria uma boa dupla com o líder da IL, Montenegro disse: “Eu não sei o que é que ele joga, mas vou admitir que sim. Partimos sempre de um espírito positivo”.

Ainda dentro da metáfora desportiva e questionado como se encaixaria o CDS-PP nessa equipa de dois, Luís Montenegro respondeu: “Ficava para todo o trabalho que é preciso em equipa, seguramente”, afirmou, em declarações aos jornalistas, ainda em tronco nu e molhado.

No final, mesmo já a chover, todos os jogadores deram um mergulho, incluindo o líder da AD (coligação PSD/CDS-PP), que disse que estava “muito boa”.

“Tomáramos nós que no verão estivesse assim”, referiu.

Já sobre o significado deste mergulho, de onde saiu a fazer o V de vitória respondeu: “Para já é descompressão, é recuperação do esforço. E um refrescamento também, a todos os níveis”.

MIGUEL A. LOPES/LUSA

Já no comício de sábado em Famalicão, o líder do CDS-PP, Nuno Melo, salientou que a AD “é uma coligação entre dois partidos, o CDS e o PSD”, enquanto Montenegro falou pediu nas eleições de 18 de maio “uma grande coligação com os portugueses”.

Este domingo, depois de um jogo de cerca de meia hora e de um mergulho no mar, o líder do PSD foi questionado se também não se importaria de jogar com Rui Rocha, tal como ele tinha manifestado disponibilidade.

“Eu também não. Aliás, ele deve ter ganho esse apelo pelo vólei aqui em Espinho. Ele já viveu cá, sentiu-se inspirado, com certeza, e ainda bem”, disse Montenegro.

À pergunta se faria uma boa dupla com o líder da IL, Montenegro disse: “Eu não sei o que é que ele joga, mas vou admitir que sim. Partimos sempre de um espírito positivo”.

Marcelo apela ao voto e lembra que não pode haver eleições nos próximos 12 meses

Marcelo Rebelo de Sousa votou este domingio antecipadamente na Câmara de Vila Real de Santo António e apelou ao voto, lembrando que nos próximos 12 meses não pode haver eleições. O presidente da República disse considerar que o número de pessoas a votar antecipadamente é um sinal de que a abstenção poderá baixar.

“O meu apelo é de que votem. Votem por uma razão muito simples. O mundo está como está, não está fácil, está mais difícil do que há um ano e por outro lado não pode haver eleições no próximo ano”, declarou.

Rui Rocha vítima de ativistas climáticos enquanto discursava. IL apresenta queixa e fato será leiloado
Marcelo apela ao voto e lembra que não pode haver eleições nos próximos 12 meses

Raimundo sugere “patins” aos que não cumprem promessas

Na estação fluvial do Terreiro do Paço, numa ação focada nas questões de mobilidade, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, disse que aqueles que “não cumprem o que prometem” e cujas opções favorecem sempre os “poucos que concentram em si a riqueza” deveriam ter “uns patins – e bem oleados -, daqueles que rolam mesmo depressa”.

Esses "eram excelentes patins para esses que fazem promessas, promessas e promessas e não cumprem nada na vida das pessoas não têm razões para cá estar", disse.

"Desses, o povo está farto e justamente farto”, acrescentou no final da ação, onde apareceu ao lado de João Ferreira, candidato da CDU à Câmara de Lisboa, tal como na campanha em Évora esteve acompanhado de João Oliveira, candidato ao município daquele concelho.

IL diz ter sido desafiada por lideranças do PSD para coligação pré-eleitoral

O presidente da IL, Rui Rocha, disse hoje ter sido desafiado pela “direção e lideranças” do PSD para uma coligação pré-eleitoral nestas legislativas, mas recusou porque não é um “partido apêndice”.

“Quando soubemos que a legislatura ia acabar, que a moção de confiança não ia ser aprovada, tivemos enormes manifestações de desejo que a IL se integrasse noutro tipo de plataforma”, afirmou Rui Rocha em declarações aos jornalistas durante uma visita a uma exploração agrícola no concelho do Cartaxo, distrito de Santarém.

O líder da IL disse não estar a falar “forças vivas”, numa alusão a declarações do presidente do Chega, André Ventura, nas últimas legislativas, mas de “coisas concretas”.

“E a IL disse que o seu compromisso é com os portugueses, porque, na altura, a interpretação que fizemos é que o país só muda com uma IL que se apresenta a eleições e sai reforçada dessas eleições para, depois, podermos puxar o país para as soluções”, disse.

Interrogado sobre quem, dentro do PSD, é que manifestou essa vontade de coligação pré-eleitoral com a IL, uma vez que não foram “forças vivas”, Rui Rocha respondeu: “Quem tem a capacidade e a possibilidade de liderar a direção e as lideranças”.

Foram “as lideranças do PSD e tenho a certeza que não dirão o contrário, que confirmarão”, referiu.

O líder da IL foi ainda questionado sobre as declarações do presidente do CDS-PP, Nuno Melo, que, este sábado, disse que a coligação do seu partido é com “o PSD, não é com mais ninguém”.

Rui Rocha disse sentir que os portugueses “desejam uma IL forte para mudar o país”, razão pela qual o partido decidiu ir sozinho a eleições, apesar de reiterar que houve “muito quem quisesse” que se integrasse “noutro tipo de solução”.

“Nós dissemos aos portugueses que podem contar com a IL para mudar o país e isso só fazia sentido, só era consequente, indo sozinhos. Agora, nós não somos um partido apêndice, temos as nossas ideias, temos programas concretos para Portugal, soluções para a habitação, saúde, agricultura”, disse.

Lusa

Tavares adverte eleitores que esquerda está a “uma bola no poste” de ultrapassar a direita

O porta-voz do Livre advertiu hoje o eleitorado de que nesta última semana de campanha a esquerda está a “uma bola no poste” de ultrapassar a direita e que, até dia 18 de maio, está tudo em aberto.

“Entramos nesta segunda semana de campanha ali à distância de uma bola no poste de podermos fazer a diferença”, alertou Rui Tavares junto à Quinta dos Ingleses em Cascais, no distrito de Lisboa, numa manahã dedicada ao ambiente.

Um dia após o jogo Benfica – Sporting que, devido ao empate remeteu a decisão do campeão nacional para a última jornada, Rui Tavares aproveitou para dizer que também nas eleições legislativas tudo se decide no último dia, ou seja, no dia 18 de maio.

“As pessoas têm de perceber que há esperança até ao último minuto, mas tudo depende de como votarem”, referiu.

Segundo Rui Tavares, que tem criticado a direita por já estar a cantar vitória antes do tempo, a decisão está nas mãos dos portugueses.

“O seu voto traz poder e é algo fácil de fazer, é só ir ao local, colocar ou não uma cruzinha no boletim e meter na urna, temos de fazer a pedagogia do voto”, frisou.

Lusa

Afluência às urnas em Lisboa ronda os 26% até ao 12h00

A Cidade Universitária, em Lisboa, recebeu hoje milhares de pessoas, que decidiram votar de forma antecipada, registando-se uma afluência de 26% até ao 12h00, segundo um balanço feito pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Até ao 12h00, tinham exercido o direito de voto 26%, dos 39.259 eleitores inscritos para votarem antecipadamente em mobilidade, na Cidade Universitária, em Lisboa, segundo um balanço feito aos jornalistas pelo vice-presidente da Câmara Muncipal de Lisboa (CML), Filipe Anacoreta Correia.

"Os números são de grande afluência", ainda que, "em termos proporcionais", fiquem "abaixo" do registado nas eleições europeias de 2024. Nessas eleições, houve "uma adesão de 30%", num total de 34.602 inscritos para votar antecipadamente em mobilidade, em Lisboa, explicou o número dois da CML.

"Portanto, houve um aumento de cerca de 15% em termos daqueles que se inscreveram para este ato eleitoral", resumiu o vice-presidente da CML, indicando que há cada vez mais pessoas a tomarem conhecimento desta possibilidade, que "está ao alcance de todos, mesmo que não sejam moradores em Lisboa", o que poderá explicar a "tendência" de aumento.

Segundo os dados da autarquia lisboeta, a afluência registada hoje é superior à verificada nas eleições legislativas de 2024, onde 25% dos eleitores inscritos para votar antecipadamente tinham ido às urnas até ao 12:00.

Lusa

Rui Rocha desafia Pedro Nuno a clarificar se admite acordos com PCP e BE

O líder da IL desafiou hoje o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, a clarificar se admite acordos com o BE e PCP após as eleições, considerando que são partidos que estão fora do espetro democrático.

“No caso hipotético, improvável - e que, na verdade, não vai acontecer, mas creio que temos de ser transparentes -, como é que se relaciona com o PCP? Como é que se relaciona com o BE, que quer trazer medidas como os tetos às rendas que vão trazer ainda menos soluções para o mercado de arrendamento, que falharam em todo o lado?”, perguntou.

Em declarações aos jornalistas durante uma visita a uma exploração agrícola no concelho do Cartaxo, distrito de Santarém, Rui Rocha foi questionado se partilha das declarações do ex-líder da IL João Cotrim Figueiredo que, esta manhã, criticou dirigentes do PS por considerarem que os partidos de direita são todos “farinha do mesmo saco”.

O líder da IL, Rui Rocha, afirmou que essas posições do PS traduzem, “por um lado, desespero, porque quem tem soluções para o país foca-se mais nas soluções” e, por outro, “representa também alguma infantilidade democrática”.

“É evidente que quem tem bom senso na avaliação das questões percebe que as propostas sobre a mesa de partidos como a IL e de outros são completamente diferentes”, disse, contrapondo que também poderia dizer que Mariana Mortágua, Pedro Nuno Santos e Paulo Raimundo “são farinha do mesmo saco”.

“Não faço essa afirmação porque percebo as diferenças. Há uma área do socialismo, chamemos-lhe assim, que é democrática, há uma outra área que não é democrática e não se revê em princípios de organização democrática da sociedade: quer planeamento central, soluções de partido único, soluções que, quando foram testadas, levaram à tragédia”, disse.

Rui Rocha acusou Pedro Nuno Santos de “incluir no mesmo saco soluções completamente diferentes”, no que se refere à direita, voltando a considerar que isso se trata de uma “infantilidade democrática”, porque “uma coisa é ele entender que tem uma visão política diferente”, outra é misturar projetos.

“E Pedro Nuno Santos dá-se bem, e fez a negociação da ‘geringonça’ com Mariana Mortágua, com Paulo Raimundo, ou com quem estava no PCP antes de Paulo Raimundo e no poder no BE antes de Mariana Mortágua. É isso que Pedro Nuno Santos deve escolher”, desafiou.

Pedro Nuno diz que PS “nunca falhou” nos momentos de crise "ao contrário" da AD

O secretário-geral socialista considerou hoje que, num momento de instabilidade, os portugueses preferem na governação o PS, que “nunca falhou nos momentos difíceis” e não a AD, que acusou de “nunca estar com o povo quando é preciso”.

Num almoço comício em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, Pedro Nuno Santos voltou a atirar à forma como acusa “a AD de governar quando os tempos são difíceis para os portugueses”, considerando que PSD e CDS-PP “nunca foram bons” a “lidar com situações adversas ou de crise”.

“Eu pergunto: perante o momento de instabilidade económica e política que nós temos hoje no mundo, quem é que os portugueses hão de preferir à frente dos destinos do país? Uma AD, que nunca está com o povo quando é preciso, ou o PS, que nunca falhou nos momentos mais difíceis do país”, questionou.

O líder do PS referiu que, na crise financeira, com um Governo da AD quem “pagou a sério foram os trabalhadores, foram as famílias, foram os pensionistas”.

“Com a AD a governar em tempos difíceis, quem sofre sempre é o povo, é quem trabalha. São os reformados”, disse.

Em contraposição, segundo Pedro Nuno Santos, os portugueses que sabem que “foi com o Partido Socialista que o país e os portugueses ultrapassaram a austeridade”.

“Fomos nós que aumentámos salários, fomos nós que aumentámos pensões, fomos nós que acabámos com os cortes. Foi também com o PS que nós ultrapassámos um dos maiores desafios que nós vivemos enquanto comunidade há uns anos, a pandemia”, enfatizou, citando António Costa, Marta Temido ou Graça Freitas.

Assegurando que o PS teve sempre “uma grande preocupação de, nestes momentos difíceis, proteger as pessoas”, Pedro Nuno Santos acrescentou: “proteger quem mais precisa”.

“Não é a elite, não é a minoria, esses não precisam, mas sim a esmagadora maioria do povo”, enfatizou. 

Lusa

Jerónimo diz que PCP fez mais do que a sua parte para diálogo à esquerda

Jerónimo de Sousa, ex-secretário-geral do PCP, afirmou hoje que o partido fez mais do que a sua parte para um diálogo à esquerda, considerando que é necessário criar uma alternativa política num quadro que é complexo.

“Nós fizemos mais do que a nossa parte”, disse Jerónimo de Sousa, quando questionado pelos jornalistas sobre se o partido deveria ter assumido um maior diálogo com as restantes forças de esquerda, antes do arranque do comício de hoje no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.

Para o futuro, o antigo secretário-geral do PCP acredita que primeiro será necessário constituir “a alternativa política, naturalmente, num quadro muito complexo”, face à situação que se vive no país.

“Mas esta confiança inabalável não é discurso de comício, não é discurso de circunstância. É convicção profunda que isto não há de ser sempre assim e que, um dia, haveremos de ter um país melhor na luta pela democracia, na luta por mais salários, mais direitos. Se fizermos isso, já ganhámos a batalha”, afirmou.

Questionado sobre a atual liderança, Jerónimo de Sousa disse que “Paulo Raimundo é uma surpresa extraordinária”, recordando “aqueles preocupados” com a escolha, que anteciparam uma derrota do partido.

“Esta CDU faz falta a Portugal e é isto que estamos a tentar fazer, a afirmar. Naturalmente, isto não será uma reta, um caminho sem obstáculos”, disse o antigo líder comunista, que reafirmou por diversas vezes nas declarações aos jornalistas uma confiança no futuro, acreditando que “vale a pena continuar a persistir”.

Para Jerónimo de Sousa, o PCP está com “uma vontade muito grande de não virar a cara à luta, de não baixar a bandeira, de não fugir às dificuldades”.

Um partido com mais de 100 anos de história está “disposto a continuar a luta”, notou, vincando que o PCP está "na luta com coragem, com determinação, independentemente das dificuldades".

Lusa

Montenegro diz que "dificuldades de uns são oportunidade de outros" e estabilidade faz a diferença

O líder do PSD defendeu hoje que a estabilidade política pode “fazer toda a diferença” em Portugal perante a incerteza europeia e mundial, considerando que “as dificuldades de uns são as oportunidades de outros”.

Num almoço-comício no Pavilhão Marialvas, em Cantanhede, Coimbra, no âmbito da campanha da AD, Luís Montenegro assegurou que o Governo e a AD não estão deslocados das dúvidas e apreensões perante a situação internacional “complexa e desafiante”.

“Mas eu não sou o primeiro-ministro para lamentar a situação. Eu não sou primeiro-ministro para contemplar e andar a comentar a situação. Eu sou primeiro-ministro e vou continuar a ser primeiro-ministro para, olhando para essa situação, dar soluções, caminhos, orientações para nós podermos enfrentá-la e para nós podermos superá-la”, defendeu.

Numa intervenção de cerca de meia hora num comício para 1.500 pessoas em que às 15:00 ainda ninguém tinha almoçado, o também primeiro-ministro questionou o que falta ao país para continuar a ser um destino seguro de atração de investimento.

“Falta que os políticos não estraguem aquilo que os portugueses já alcançaram e garantir que a estabilidade económica e social não é desbaratada pela instabilidade da política e do Governo”, desafiou.

Montenegro considerou que “a estabilidade não é um fim em si mesmo”, mas avisou pode fazer “toda a diferença nos próximos anos” para diferenciar Portugal de outros países.

“Eu vou explicar se calhar de uma forma mais direta e mais crua, mas às vezes também tem que ser. Muitas vezes na história das instituições e também dos países e dos povos, as dificuldades de uns são as oportunidades de outros”, afirmou.

O líder da AD – coligação PSD/CDS disse não querer colocar-se de fora das dificuldades da Europa e do mundo, mas considerou que, havendo noutros países “menos capacidade de dar esta estabilidade, naturalmente que os olhos se vão direcionar para aqueles outros territórios onde essas condições existem”.

Lusa

Rita Alarcão Júdice afirma que Portugal precisa de Governo ao centro sem radicalismos

A cabeça de lista da AD por Coimbra, Rita Alarcão Júdice, considerou hoje que Portugal precisa de um Governo ao centro sem radicalismos, e que Luís Montenegro, como primeiro-ministro, foi um exemplo de respeito pela liberdade.

Rita Alarcão Júdice, ministra da Justiça, falava num almoço comício da AD – coligação PSD/CDS, no pavilhão do Marialvas, Cantanhede, distrito de Coimbra, em que chegou acompanhada pela antiga líder do CDS, Assunção Cristas, sua amiga pessoal.

Um almoço comício em que também esteve presente o antigo bastonário da Ordem dos Advogados José Miguel Júdice, pai da ministra da Justiça, e Pedro Santana Lopes, antigo primeiro-ministro e presidente do PSD, que chegou perto das 14:30 para ouvir os discursos.

Rita Alarcão Júdice começou falar sobre a questão da liberdade política, contando que o seu avô paterno foi preso pelo Estado Novo por ser comunista e que o seu pai foi preso após o 25 de Abril de 1974 por ser anticomunista.

“Foram ambos presos políticos. Meu pai e meu avô estiveram separados por visões políticas diferentes, mas ambos com grande amor pela liberdade. E foi esse amor pela liberdade que aprendi e que me guia na minha ação política”, declarou Segundo Rita Alarcão Júdice, é a defesa da liberdade que a faz “lutar diariamente por um país que esteja longe dos radicalismos de esquerda e de direita”.

“Mais: foi esse amor pela liberdade que encontrei neste Governo e na liderança de Luís Montenegro. Fomos um Governo reformista e queremos continuar. O país precisa de um governo ao centro, sem dar espaço a radicalismos de esquerda e extremismos de direita”, defendeu a “número um” da AD por Coimbra.

Rita Alarcão Júdice referiu-se também às suas funções de ministra da Justiça, dizendo que Luís Montenegro foi “o melhor primeiro-ministro que podia ter tido”.

“Em um ano de Governo Luís Montenegro nunca me deu instruções ou orientações para favorecer este ou aquele. Nunca se imiscuiu em assuntos que só a justiça dizem respeito, nunca manipulou ou instrumentalizou o Ministério da Justiça, nunca contrariou as minhas escolhas para dirigentes do Ministério da Justiça, onde o meu critério foi sempre a competência técnica”, concluiu.

 Lusa

IL vai apresentar queixa contra ativistas que atingiram Rui Rocha com tinta

A IL vai apresentar queixa contra os dois jovens ativistas que atingiram hoje Rui Rocha com pó de tinta verde durante um comício em Lisboa, estando a tentar identificá-los.

Esta informação foi adiantada à agência Lusa por fonte oficial da IL, pouco depois de o líder da IL ter terminado o discurso no espaço Lisboa ao Vivo (LAV), que fez com a cara e uma parte da camisa coberta por tinta verde.

Lusa

Mortágua diz que mulheres é que são “o farol do país” e quer violação como crime público

A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, considerou este domingo que “o farol do país são as mulheres que trabalham” e a “força mais poderosa contra a direita”, garantindo que vai defender a violação como crime público na próxima legislatura.

“O farol para este país são as mulheres que trabalham, que se levantam cedo, que se esforçam. O farol deste país são as mulheres que trabalham o dia inteiro e recebem menos que os homens. São as mulheres que vão trabalhar e chegam a casa e fazem o jantar e cuidam dos filhos. O farol deste país são as mulheres que não aceitam a misoginia, que lutam contra a violência, que exigem igualdade”, defendeu a cabeça de lista do BE em Lisboa, numa “festa-comício” no LX Factory, na capital.

Numa intervenção centrada nas mulheres e no movimento feminista, Mariana Mortágua respondeu diretamente ao presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, que disse no sábado sentir “a responsabilidade de ser o farol do país”, com a oposição sempre a olhar para trás, apelando a que os portugueses que querem estabilidade “votem massivamente” na Aliança Democrática (AD).

A dirigente apelou diretamente ao voto das mulheres, defendendo que são “a mais poderosa força contra a direita, seja a extrema-direita ou a direita extrema”.

Mariana Mortágua recuou à fundação do BE, que “nasceu para garantir a legalização do aborto em Portugal” e lembrou que o partido se bateu pela violência doméstica como crime público e defendeu direitos das mulheres em período de menopausa na última legislatura.

“Mesmo quando o PSD estava contra. Mesmo quando o PS arrastava o passo. Nós estivemos sempre lá. Mesmo quando nos disseram que ainda não era tempo, que a sociedade não estava preparada. Estivemos sempre lá. Mesmo quando o PS negava os problemas do acesso ao aborto livre. Estivemos sempre lá. E temos um compromisso: a violação será crime público na próxima legislatura”, frisou.

Lusa

Fabian Figueiredo diz que BE vai ser a “surpresa da noite eleitoral”

O líder parlamentar do BE e segundo candidato por Lisboa nas legislativas, Fabian Figueiredo, manifestou-se hoje convicto de que o partido vai ser “a surpresa da noite eleitoral” e “meter a direita no passado”.

“Hoje é 11 de maio, faltam poucos dias para as eleições, para o dia 18 de maio e quero-vos deixar aqui uma garantia que vocês já sentem. Nós, escrevam o que eu vos digo, vamos ser a surpresa da noite eleitoral, não duvidem disso”, afirmou Fabian Figueiredo, numa “festa-comício” organizada pelo partido no LX Factory, na capital do país.

O ainda líder parlamentar e 'número dois' do partido nas listas por Lisboa, lembrou como em 2007 o partido “acabou com essa coisa horrenda, odiosa de pôr mulheres na prisão por recorrerem ao aborto”, ou em 2009 “lutou contra a maioria absoluta do PS, que atacou direitos do trabalho, privatizou e geriu mal o país”.

“Em 2015 com a Catarina Martins pusemos a direita de Passos [Coelho] e [Paulo] Portas a andar da governação e devolvemos dignidade. Em 2025, com a Mariana, vamos fazer exatamente a mesma coisa, vamos meter a direita onde ela pertence, no passado, porque as suas ideias são do passado”, criticou.

Lusa

IL anuncia que vai leiloar fato de Rui Rocha. Fundos vão para a Associação Acreditar

Numa publicação na rede social X, a IL confirma publicamente que irá apresentar queixa.

Mas, ao contrário do que aconteceu há um ano com Luís Montenegro, "Rui Rocha não vai pedir indemnização pelo fato".

Em vez disso, lê-se na publicação, o líder da IL "vai leiloar o fato e o valor recebido será revertido para a Associação Acreditar".

Montenegro usa “sim é sim” para garantir que cumprirá promessas e defenderá Estado social

O presidente do PSD usou este domingo a fórmula “sim é sim” para garantir que um Governo AD será dialogante e cumprirá as suas promessas de descer impostos sobre o trabalho, valorizar pensões e “salvar” o Estado social.

Luís Montenegro falava no encerramento do comício da AD – coligação PSD/CDS, no pavilhão multiúsos de Viseu, num discurso em que voltou a criticar “os profetas do medo”, que “andam aos ziguezagues” na vida política e que se limitam a transmitir “fogachos”.

Antes das legislativas de 2024, ficou famosa a expressão “não é não” de Luís Montenegro então usada para assegurar a sua rejeição relativamente a qualquer entendimento de Governo com o Chega. Hoje, no comício de Viseu usou antes o “sim é sim”, desta vez para procurar evidenciar o caráter “positivo, de diálogo e completo” do projeto da AD para os próximos quatro anos.

“Dizemos que não a muito pouca coisa. Dizemos que não ao radicalismo, à injustiça, à impreparação, à imaturidade, dizemos não àqueles que estão sempre contra tudo, porque esses não acrescentam nada”, começou por afirmar.

Em contraponto, segundo o primeiro-ministro, na AD “sim é sim”.

“Connosco sim é sim. Prometemos baixar os impostos sobre o rendimento do trabalho e o sim foi sim. E vai continuar a ser sim, porque continuaremos a descer o IRS - 500 milhões de euros já este ano e dois mil milhões de euros na legislatura. Sim é sim”, frisou.

No seu discurso, Luís Montenegro voltou a dirigir-se aos jovens e aos pensionistas, dizendo que o seu Governo aumentou em onze meses de funções, por duas vezes, o complemento solidário para os idosos, que nos próximos quatro anos prometeu fazer subir para 870 euros.

Mas, em Viseu, desta vez, falou principalmente aos trabalhadores da administração pública, considerando-os fundamentais para a eficácia dos serviços que o Estado presta aos cidadãos, e prometeu defender o Estado social.

“O Estado existe para resolver os problemas das pessoas e servir o interesse das pessoas, não existe para se alimentar a si próprio e para servir apenas aqueles que lá trabalham. O nosso projeto está a salvar o Estado social, porque olha para os serviços públicos de educação, de saúde, mas também olha para a habitação ou para a mobilidade”, sustentou.

André Ventura condena incidente com Rui Rocha

André Ventura, líder do Chega, condenou hoje o incidente protagonizado por ativistas climáticos, que atiraram pó verde a Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal, considerando que se tratou de "um péssimo serviço à democracia".

“É muito grave. É grave que os ciganos andem a perseguir a comitiva do Chega, é grave que haja miúdos do clima a atingir outros adversários, é grave porque mostra que não estão acostumados à democracia”, disse Ventura em Elvas, no final de uma arruada.

"Quem ataca adversários, quem nos persegue, quem nos ameaça, quem nos atira coisas, está a fazer um péssimo serviço à democracia, seja quem for que seja o alvo. E é isso que eu acho que um líder político deve dizer, é muito grave e só mostra que essa malta, sobretudo a malta de esquerda, tem mau sentido democrático e não sabe viver com a democracia”, acrescentou.

Paulo Raimundo diz que CDU é "o verdadeiro porto seguro"

Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, afirmou hoje que a CDU é "o verdadeiro porto seguro" dos portugueses, acrescentando que a coligação é a "muralha de resistência".

"Os portos são seguros não é quando a maré está calma, é quando a onda é grande. Aqui está o porto seguro, com a onda calma e com a onda grande. Deem força à CDU", disse num discurso no pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.

E nesse sentido deixou um apelo: "Precisamos de mais votos, mais força à CDU, mais condições para resistir e avançar."

Carlos Moedas anuncia 79% de afluência às urnas no voto antecipado em Lisboa

Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, afirmou hoje que a afluência às urnas na Cidade Universitária para exercer o voto antecipado nas eleições legislativas era de 79% até às 18h00.

"Isto mostra um aumento da participação em relação às eleições anteriores (Europeias 2024), que foi de 76%, de 34 mil inscritos. Portanto, há um aumento de participação, um aumento dos portugueses naquilo que é a participação cívica", disse o autarca, considerando que "o voto em mobilidade está a funcionar, que é para continuar, mas é sobretudo uma grande operação logística das câmaras municipais".

Ativistas acusam Rui Rocha de não se comprometer com o fim ao fóssil 

Em comunicado, os ativistas do Movimento Fim ao Fóssil que atingiram hoje Rui Rocha com pó verde explicam que um deles perguntou a Rui Rocha se a Iniciativa Liberal se iria comprometer com a reivindicação da "Carta de Estudantes pelo Fim ao Fóssil até 2030", de acabar com os combustíveis fósseis, pelo que na sequência da resposta negativa, um deles atirou-lhe pó verde.

A IL garante que Rui Rocha disse apenas respondeu: "falamos lá fora".

Os responsáveis pela ação alegam que nenhum partido tem um plano realista para combater a "crise climática". "Aprendemos que estamos em emergência, perante a maior crise que a Humanidade já enfrentou. Qualquer partido que se arrogue a representar os estudantes, no parlamento ou formando governo, tem de se comprometer com o Fim ao Fóssil 2030, porque representantes políticos que condenam os seus jovens não têm qualquer legitimidade", pode ler-se no comunicado.

Vieira da Silva acusa Montenegro de "imoralidade e conflito"

O ex-ministro Vieira da Silva defendeu hoje que quem quer afastar da discussão “a imoralidade e conflito” do primeiro-ministro sobre a empresa é porque o “quer proteger”, acusando a AD de ser “como o escorpião” nas pensões.

José António Vieira da Silva discursou ao final desta tarde no comício que encheu o Theatro Circo, em Braga, numa intervenção onde deixou várias críticas a Luís Montenegro sobre a questão da sua empresa familiar, bem como vários alertas quanto à Segurança Social e a AD e os riscos da extrema-direita.

O antigo ministro trouxe uma pergunta que sabe que “muitos não gostam que seja feita”, mas que o deve ser todos os dias.

“Pode um primeiro-ministro em exercício de um dos cargos mais importantes da nossa democracia acumular com essa função uma espécie de empresa privada e familiar, que funciona na sua casa, com o seu telefone. Pode?”, perguntou, ouvindo, mais do que uma vez um “não” em uníssono da plateia.

Para Vieira da Silva “não pode haver este conflito, essa confusão” e não pode haver alguém como Luís Montenegro que, “tendo cometido essa imoralidade”, nunca tenha tido “a coragem de dizer a verdade”.

“Quem diz ‘afastemos esse tema’ é porque quer proteger Luís Montenegro, é quem quer proteger essa imoralidade”, condenou.

Sobre as pensões e o sistema da Segurança Social, o antigo responsável por esta tutela fez um percurso histórico sobre a posição da AD em relação a este tema.

“Para se reconciliarem com os pensionistas é preciso muito mais do que esses apoios do mês de setembro. Era preciso provarem que já não são os mesmos, mas são”, criticou, comparando a AD ao escorpião na fábula com o sapo.

Lusa

Pedro Nuno diz que Montenegro era 12.º ministro de Passos que apoiou cortes

O secretário-geral do PS defendeu hoje que Luís Montenegro, enquanto líder parlamentar, era o 12.º ministro de Passos Coelho que “sempre apoiou os cortes”, garantindo que extinguirá o grupo de trabalho que irá estudar a reforma da segurança social.

“Aquela senhora que está ali estava-me a dizer há pouco que Pedro Passos Coelho lhe cortou 150 euros. E sabe quem é que era o líder parlamentar que sempre apoiou os cortes e a austeridade, que dizia mesmo que era o 12º ministro desse governo? Era Luís Montenegro”, afirmou Pedro Nuno Santos num comício no Theatro Circo, em Braga, onde terminou o oitavo dia de campanha.

O líder socialista recusou o que disse ser a “conversa do ajustamento”.

“Tiveram sempre gáudio, tiveram sempre prazer em dizer que estavam a ir para lá da ‘troika’, fizeram com gosto o que fizeram e tentaram tornar mesmo permanente os cortes nas pensões, só não o conseguiram por causa dos chumbos do Tribunal Constitucional e da nossa vitória em 2015”, salientou.

Pedro Nuno Santos frisou que o PS tem um projeto que “quer dar segurança às pessoas” e que, por isso, defende “o sistema público de pensões”.

“Por isso é que para nós é tão importante denunciar a agenda escondida da direita. O José António Vieira da Silva liderou uma das reformas mais importantes da Segurança Social que lhe garante sustentabilidade. Ela não está em risco. Não enganem as pessoas. Não tentem meter medo às pessoas para fazer o que sempre quiseram: privatizar parte da Segurança Social”, frisou.

A “agenda está lá”, frisou, apontando para o grupo de trabalho criado [pelo Governo] para estudar a reforma da Segurança Social” e, para o qual, convidaram pessoas que “têm opiniões conhecidas, defendem a privatização parcial da Segurança Social”.

“É por isso que eu já tive a oportunidade de dizer que nós vamos extinguir esse grupo de trabalho. Porque nós não permitiremos que ninguém meta a mão no sistema público de pensões”, garantiu.

Lusa

Diário de Notícias
www.dn.pt