Caso da Mala: Pedro Pinto diz que "quem rouba não se senta nesta bancada nem mais uma vez"
O líder do grupo parlamentar do Chega, Pedro Pinto, disse nesta quinta-feira, durante uma sessão plenária marcada pelo caso do deputado Miguel Arruda, eleito por esse partido, e que foi constituído arguido por suspeitas de furto qualificado de malas de viagem, que "quem rouba, quem corrompe, não se senta nesta bancada nem mais uma vez".
Na sequência de notícias de que Miguel Arruda irá passar a deputado não-inscrito, apesar de no início da tarde desta quinta-feira ainda não ter dado entrada desse pedido junto do presidente da Assembleia da República, Pedro Pinto disse que o grupo parlamentar do Chega iria distribuir aos restantes deputados um documento de 21 páginas, no qual disse estarem os nomes de 191 políticos "a braços com a justiça" desde 2017.
Pedro Pinto disse que estão em causa um primeiro-ministro, 11 ministros, 13 secretários de Estado, 33 deputados e 133 autarcas, destacando que "certamente a grande maioria deles", que estimou em 95%, "são do PSD e do PS".
O líder parlamentar do Chega reagiu a uma intervenção do deputado social-democrata Alberto Fonseca que, no início de uma pergunta à secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Duarte, presente na Assembleia da República, considerou estranho "autoproclamados combatentes da bandidagem serem acusados de crimes". E, dirigindo-se à notícia da revista "Sábado" sobre despedimentos de funcionárias do Bloco de Esquerda que tinham sido mães, acrescentou outra referência a "radicais feministas e defensores dos direitos laborais serem acusados de atropelar direitos das mulheres".
Miguel Arruda irá reunir-se nesta quinta-feira com o presidente do Chega, André Ventura, que defendeu a suspensão de mandato caso não haja uma "explicação suficiente" para os factos que estão a ser investigados.