José Luís Carneiro na Comissão Nacional do PS
José Luís Carneiro na Comissão Nacional do PSJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Carneiro acusa primeiro-ministro de ter ido para “os braços da extrema-direita”

José Luís Carneiro considerou que o Governo da AD “interpretou mal os resultados eleitorais”. Disse ainda que, no PS, "ninguém está a mais".
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O líder do PS, José Luís Carneiro, acusou este sábado, 5 de julho, o Governo de ter ido “para os braços da extrema-direita” no primeiro movimento que fez no parlamento, lamentando que esteja focado nos “problemas virtuais” do país e não nos reais.

Na intervenção que fez de manhã na abertura da Comissão Nacional do PS, a primeira desde que foi eleito secretário-geral do PS, José Luís Carneiro considerou que o Governo da AD “interpretou mal os resultados eleitorais” e recordou aquilo que Luís Montenegro disse sobre os populistas "destrutivos da democracia".

O líder do PS contestou que, “no primeiro movimento que fez no parlamento”, o Governo da AD tenha ido para os “braços da extrema-direita”, referindo-se às alterações à lei da imigração e da nacionalidade.

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O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, considerou ainda que “a atual situação” do partido “não dispensa ninguém”, assinalando que escolheu uma direção que pretende garantir “a inclusão e capacidade” de mobilizar.

“A atual situação no PS não dispensa ninguém. Ninguém está a mais. Por muito que nos custe, por vezes, algumas vozes, muitas das vezes desalinhadas com as opções da direção, com as opções de outros camaradas, por muito que isso nos custe, faz parte da nossa riqueza democrática e temos que contar com todos para fortalecer o PS num momento tão difícil como aquele que estamos a viver”, disse José Luís Carneiro.

O novo líder do PS sublinhou que “ninguém é dispensável” e por isso conta “com todas as sensibilidades, com todas as gerações, com todas as classes sociais”.

Secretariado Nacional do PS eleito com 75% de votos

O Secretariado Nacional do PS que apresentou este sábado foi eleito com 75% votos a favor, 15% contra e 10% de brancos.

Segundo informações adiantadas à Lusa por fonte oficial do PS, na Comissão Nacional, votaram a favor da lista apresentada por José Luís Carneiro 97 dirigentes (75%), 20 manifestaram-se contra (15%) e 13 optaram por votar em branco (10%).

Entre as novidades no novo Secretariado estão os eurodeputados Ana Catarina Mendes e Francisco Assis, o ex-deputado Sérgio Sousa Pinto, a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, o ex-governante André Moz Caldas, a ex-deputada Maria Antónia Almeida Santos ou ex-secretária de Estado Jamila Madeira.

Do anterior elenco da direção do ex-líder Pedro Nuno Santos transitam apenas três nomes: Marcos Perestrello, João Torres e Pedro Coimbra.

Carneiro explicou que escolheu uma lista que “procurou garantir, por um lado, a abertura, a inclusão e a capacidade de mobilizar todas as vontades para servir” o PS.

 “Cumpre-se o primeiro objetivo de termos uma equipa que vos proponho que seja intergeracional e, ao mesmo tempo, que tem diferentes experiências políticas”, disse.

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