Rui Gomes da Silva: "PSD não pode descer de nível"
O antigo ministro diz ao DN que aceitou porque "o PSD não pode descer de nível", numa estrutura que foi liderada por figuras como Pedro Santana Lopes, José Miguel Júdice, António Pinto Leite, Arlindo Carvalho, Pacheco Pereira e Manuela Ferreira Leite.
Rui Gomes da Silva diz que embora tenha "respeito" pelo opositor de Sofia Vala Rocha, Ângelo Pereira, vereador da câmara de Oeiras, considera que a sua candidatura "é o fim de um processo de funcionalização do partido e das estruturas que não é bom". O antigo ministro de Santana Lopes, lembra que "o PSD das vitórias eleitorais foi sempre multifacetado e de pessoas com relevância na sociedade e Sofia Vala Rocha preenche esses requisitos".
O antigo deputado social-democrata e que anunciou a sua candidatura à presidência do Benfica, cuja próximo eleitoral é em outubro de 2020, entendeu participar neste processo porque o partido "está numa fase de renovação" e de "reconquista do poder".
Sofia Vala Rocha, jurista, quer derrotar o homem forte de Miguel Pinto Luz. Ângelo Pereira, que no ano passado foi investigado no âmbito da Operação Tutti Frutti - após suspeitas de favorecimento de militantes do partido em adjudicações diretas e sem ter sido constituído arguido - anunciou a candidatura à distrital.
Ao Expressso, a candidata à maior distrital do partido, considerou a candidatura de Ângelo Pereira como "uma candidatura de aparelho" e de "fação" a favor de Miguel Pinto Luz, que foi líder da estrutura e que dentro em breve formalizará uma candidatura à liderança do PSD.
A distrital de Lisboa é a maior do partido e agrega 10 mil eleitores inscritos, sendo muito importante para qualquer dos candidatos à presidência do PSD. E se Ângelo Pereira apoia Pinto Luz, Sofia Vala Rocha não quer, para já comprometer-se como nenhum dos potenciais candidatos à presidência do partido, seja Rui Rio, Luís Montenegro ou mesmo Pinto Luz.
Vala Rocha garante que vem para devolver ao PSD a "ambição de voltar a ser um partido liderante", que "marca o passo" junto dos "mais empreendedores, dos que criam emprego e dos que pagam impostos". "O PSD tem de inspirar os portugueses. Tem de oferecer a melhor a versão de si próprio", disse ao Expresso.