Rio acusa governo de falhar na segurança e na proteção social

Na tradicional mensagem de Natal, o líder do PSD deixa várias críticas à prestação do governo liderado por António Costa, mas diz-se novamente disponível para "dar todos os contributos" para melhorar a vida dos portugueses.
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A mensagem de Natal do líder do PSD é um rol de críticas ao governo de António Costa, a quem acusa de ter falhado como nunca antes na segurança dos portugueses e de ter um desempenho "pouco famoso" na área social.

Com uma árvore de Natal desfocada ao fundo, Rui Rio desfiou as falhas: ao nível dos incêndios o governo não teve "eficácia" necessária de combate, na queda do helicóptero do INEM "o socorro chegou tarde e más horas", no caso de Borba "caiu uma estrada que todos sabiam que estava em insegurança", no dos vendavais no centro do país "a assistência às pessoas e às empresas foi e continua a ser deficitária".

Lembrou ainda as polémicas na ferrovia sobre a falta de manutenção e o caso de Tancos, que classificou de "expoente máximo de falha ao nível da segurança". "Desde há muitos anos que não me recordo da segurança ter falhado tanto como falhou em 2018 e em parte em 2017. O governo tem de meter a mão na consciência e tem de tratar os serviços públicos de forma a que os portugueses se sintam em segurança".

Mas o presidente social-democrata atacou também o executivo pelo desempenho na área social, em particular no Serviço Nacional de Saúde, onde "se vão acumulando polémicas, ineficácias, falta de investimento e de manutenção".

"As pessoas estão cada vez mais tempo à espera de uma cirurgia, de consultas. Isto num governo ligado a uma esquerda que tem a mania de dizer que tem o monopólio das preocupações sociais. Não É verdade!".

Da Saúde para a Educação, Rui Rio lembrou a quantidade enorme de estudantes universitários que têm de interromper os seus cursos porque os pais não têm dinheiro para pagar as rendas elevadíssimas que hoje se pedem.

As opções em termos do regime de salário mínimo nacional também mereceu forte reparo de Rio, já que considera inaceitável que haja um valor para o setor público e outro inferior para o privado. "Mesmo no patamar social, com um governo que sendo de esquerda, de esquerda muito esquerda, já que tem o apoio do PCP e do BE, falha desta forma estrondosa".

Apesar de todas as críticas, o líder do PSD mantém que está "disponível para dar todos os contributos que um partido da oposição consciente deve dar para que os portugueses tenham uma vida melhor".

A mensagem de Natal da líder centrista é muito diferente da de Rio. A líder do CDS preferiu uma falar mais em tom intimista sobre as tradições da sua própria família e dedicar palavras de solidariedade próprias da época aos mais desfavorecidos, sem as suas habituais críticas ao governo.

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