Nunes da Fonseca obrigado a acumular chefia do Exército com Logística
Os dois principais responsáveis do Exército estão a acumular essas funções com as de outros cargos que estão vagos desde o início do mês, soube o DN junto de fontes militares.
Na base dessa situação está a impossibilidade de promover já majores-generais ao posto de tenentes-generais, uma vez que não constavam do plano de promoções previsto para 2018 - mas que se tornaram necessários após a demissão do anterior chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte.
A escolha de Nunes da Fonseca - que estava na GNR - implicou a ultrapassagem do anterior vice-CEME, tenente-general Fernando Serafino, o qual anunciou pouco depois que deixaria o ramo no início de dezembro.
Para preencher esta vaga foi nomeado o tenente-general Guerra Pereira, até aí comandante operacional do Exército - o qual também ultrapassou o oficial que era responsável pela Logística e que optou por também sair do ramo.
Com aqueles dois cargos sem titular e perante a impossibilidade de promover dois majores-generais ao posto seguinte, o CEME ficou com a pasta da Logística enquanto o vice-CEME acumula este cargo com o de comandante das Forças Terrestres.
Tendo em conta o histórico das Finanças em aprovar os planos de promoções só nas últimas semanas do ano, deconhece-se quanto tempo mais vai manter-se a atual situação no Exército, adiantaram as fontes.