Morreu António Manuel Arnaut, filho do criador do SNS

O advogado de Coimbra morreu aos 59 anos em Coimbra, menos de um ano depois da morte do pai, António Arnaut.
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O advogado António Manuel Arnaut morreu esta quarta-feira em Coimbra, vítima de cancro, menos de um ano depois da morte do pai, um dos criadores do Serviço Nacional de Saúde. Tinha 59 anos.

António Manuel fazia parte da Comissão Política Nacional do Partido Socialista, na qual tinha entrado através da quota do secretário-geral do PS, António Costa. Depois da morte do pai há menos de um ano - António Arnaut morreu a 21 de maio de 2018 -, António Manuel Arnaut tomos várias posições públicas em defesa do Serviço Nacional de Saúde. Em novembro, numa cerimónia de homenagem ao pai, que foi um dos cofundadores do PS, o advogado vincou que "poderão descerrar as lápides que quiserem, mas a melhor homenagem consiste em cumprirmos o legado que ele nos deixou".

O advogado esteve na origem do Observatório de Saúde António Arnaut, criado em janeiro e que visa defender e apoiar a modernização e a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde.

O Observatório de Saúde, coordenado pelo clínico Américo Figueiredo, foi criado por "um grupo de cidadãos interessados na área da saúde", incluindo de outros setores profissionais, como o advogado António Manuel Arnaut, filho do patrono. Os fundadores partilham "os ideais humanistas e republicanos de acesso à prestação dos cuidados de saúde sem qualquer discriminação de raça, de credo ou de nível socioeconómico"."O objetivo central deste observatório é contribuir para a defesa, modernização e sustentabilidade do SNS, entendido este como o pilar essencial da garantia constitucional do direito à saúde e do Estado Social", referem.

Em declarações ao jornal Campeão das Províncias o líder concelhio do PS/Coimbra recorda António Manuel Arnaut como um militante socialista "dedicado e inspirador", que dizia "o que lhe ia na alma". Carlos Cidade destaca ainda o "sagaz sentido de humor" do advogado" que era um "cidadão apaixonado pela liberdade e pela democracia".

"Nos últimos tempos, fica a imagem do defensor incansável do seu SNS que tanto o ajudava a lutar contra a doença prolongada e que quis preservar com a criação do Observatório da Saúde e com os repetidos apelos ao investimento no SNS e nos seus profissionais, bem como numa revisão da Lei de Bases da Saúde que respeitasse o legado que seu pai nos deixou", recorda Carlos Cidade

Membro do Grande Oriente Lusitano, António Manuel Arnaut era irmão de Ana Paula Arnaut, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e pai de outro advogado, António Miguel Arnaut. António Manuel tinha um linfoma, doença que lhe foi diagnosticada há cerca de um ano, e estava internado no Instituto de Oncologia de Coimbra.

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