Líder da JSD reforça apelo à recondução da PGR

Margarida Balseiro defendeu este domingo, em Castelo de Vide, que a procuradora-geral da República contribuiu para deixar de existir "intocáveis" em Portugal.
Publicado a
Atualizado a

A líder da 'jota' foi mais uma voz no PSD que defendeu a renovação do mandato da PGR. "Nos últimos anos, deixaram de haver intocáveis, acabou o sentimento de impunidade em Portugal. E isso muito se deve a Joana Marques Vidal". Margarida Balseiro Lopes fez esta defesa ao lado de Rui Rio, no encerramento da Universidade de Verão, e depois do líder do PSD ter feito um voto de silêncio sobre o tema até ser ouvido pelo primeiro-ministro sobre o assunto.

Margarida Balseiro Lopes faz parte do grupo de cinco deputados do PSD - Leitão Amaro (vice-presidente da bancada), Hugo Soares, Duarte Marques e Miguel Morgado - que defenderam publicamente num artigo de opinião, em maio deste ano que "seria inaceitável e até suspeita a não recondução de Joana Marques Vidal na PGR". E apelavam ao esclarecimento de todo o caso Sócrates.

"Para uma geração desiludida e desencantada com a classe política, haverá tema mais importante que o combate sério e eficaz à corrupção?" - questionou Margarida Balseiro Lopes, que recentemente entregou ao líder do partido e Presidente da República um 'pacote' de medidas de combate à corrupção. Entre as quais a polémica 'delação premiada', inversão do ónus da prova e inibição dos políticos corruptos.

"Haverá condição mais importante para que esse combate se faça com rigor do que a independência do Ministério Público?" - reforçou a presidente da 'jota', na defesa da recondução de Joana Marques Vidal.

Margarida Balseiro Lopes disparou contra o governo por causa das medidas anunciadas para o emigrantes de redução do IRS, que considerou "demagógica, eleitoralista e ineficaz". Contou a história de dois alunos da Universidade de Verão para justificar a acusação. A de Beatriz Seco, uma enfermeira que emigrou para o Reino Unido já com este governo socialista, que foi mãe e quer regressar. Mas "cedo se apercebeu que António Costa voltou a fazer dos emigrantes arma de arremesso político. De que lhe serve um desconto de 50% no IRS se aquilo que ela vier ganhar não chegar sequer para ter de pagar IRS?"

Ela não vai voltar, reforçou ainda Margarida Balseiro Lopes, "para um país que tem um Primeiro-Ministro que anuncia uma medida que se aplica apenas ao período de emigração do anterior Governo. Será que a emigração começou em 2011 e estancou em 2015?"

A segunda história era mais dramática. A de José Alves, português de 22 anos, a acabar a licenciatura na melhor Universidade da Venezuela, mas que cometeu "um erro grave: pensou que podia partilhar as suas ideias para melhorar o seu país. Foi alvo de perseguição política do regime de Maduro" e teve de fugir. Margarida disse não querer "confundir" emigrantes com refugiados, mas acusou Costa de cometer um duplo erro com muitos jovens a viver fora do país: "Está a tratar de forma incompetente os que saíram e querem voltar. E está a ignorar de forma cobarde estes que não têm outra hipótese que não voltar!"

E quanto à Venezuela, sublinhou, "é desumano e desleal deixar a Região Autónoma da Madeira a resolver sozinha os problemas dos milhares de portugueses da Venezuela que estão a regressar ao país. Percebemos o melindre da questão, mas que António Costa não se esqueça que a diplomacia não se faz com cobardia!"

Rematou o ataque ao governo com a falta de uma política de habitação ara os jovens "O Governo não fez esforço nenhum para aumentar o número de camas e fazer aquilo que lhe competia: impedir que o preço da habitação continue a afastar do Ensino Superior milhares de jovens todos os anos".

A Rui Rio, a líder da JSD garantiu que pode contar com os jovens que passaram pelas 16 edições da Universidade de Verão para o o ajudar "a ser primeiro-ministro de Portugal".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt