António Costa: Chumbo da reposição do tempo aos professores é uma "vitória da responsabilidade"

Primeiro-ministro fala ao país sobre chumbo no parlamento do diploma de reposição do tempo de serviço dos professores.
Publicado a
Atualizado a

"Uma vitória da responsabilidade" foi com esta frase que o primeiro-ministro se referiu ao chumbo do diploma da reposição do tempo de serviço dos professores.

António Costa, que falava aos jornalistas, numa conferência de imprensa, em São Bento, poucas horas depois de PS, PSD e CDS terem votado contra a reposição do tempo integral de serviço na Comissão Parlamentar da Educação, afirmou que desta forma Portugal pode continuar a fazer o caminho que tem vindo a fazer, "mantendo a sua estabilidade financeira e a credibilidade internacional."

Há uma semana PSD e CDS tinham votado ao lado da esquerda a favor da reposição integral do tempo de serviço dos professores, 9 anos, quatro meses e dois dias. Agora, o descongelamento irá ter em conta aquilo que estabelece o decreto do governo dois anos, 9 meses e 18 dias.

O primeiro-ministro manifestou ainda "reconhecimento" à Assembleia da República pelo voto de hoje, no entanto, não poupou críticas ao PSD e CDS, que hoje votaram contra a reposição do tempo de serviço exigido pelos professores 9 anos, 4 meses e dois dias, por terem criado o cenário de crise quando, há uma semana, votaram a favor desta reposição. "Não sabiam o que estavam a votar."

Às críticas feitas pela direita de que a ameaça de demissão por parte do governo era uma encenação teatral, Costa responde com o facto de ser "a realidade. O país percebeu ao longo desta semana que o Governo estava a falar verdade quanto ao impacto imediato e a longo prazo desta medida", sublinhando que ao que se assistiu por parte da direita foi a "uma enorme cambalhota dos campeões da austeridade."

Neste momento, "a questão está ultrapassada e vai permitir ao país continuar a caminhar, garantindo a imagem de credibilidade internacional que tinha conquistado."

Costa afirmou que a aprovação do decreto do governo permite repor aos professores e às carreiras especiais da Administração Pública 2 anos, 9 meses e 18 dias. Desta forma é possível descongelar as carreiras não só aos professores, mas também a outras classes, militares, oficiais de justiça, magistrados, etc.

A partir de agora espera que a "Paz possa regressar à escola para continuarmos o trabalho que temos vindo a fazer em conjunto no sentido do sucesso educativo das nossas crianças, continuar a investir no ensino público", esperando também que os professores continuem "a desempenhar a sua função com espírito de missão."

A Frente Comum Nacional já reagiu às declarações de António Costa: "O primeiro-ministro não ganhou a guerra na questão dos professores e das outras carreiras especiais", disse a líder desta estrutura sindical Ana Avoila, ameaçando "lutar até ao fim pelas reivindicações dos trabalhadores."

A dirigente falava aos jornalistas no arranque da manifestação nacional que partiu do Marques de Pombal cerca das 15.30 rumo à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, em São Bento. "Basta de congelamento, queremos o nosso aumento", exigem os manifestantes.

Notícia em atualização

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt