Adolfo Mesquita Nunes demite-se da vice-presidência do CDS
Adolfo Mesquita Nunes demitiu-se da vice-presidência do CDS-PP, situação já confirmada por Assunção Cristas que lamentou a perda de um mais ativos dirigentes mas diz compreender a opção. Mesquita Nunes enviou uma carta à líder do partido em que justificou a renúncia como o facto de ir assumir o cargo de administrador não-executivo da Galp.
Na carta, revelada pelo Expresso, Adolfo Mesquita Nunes realça que a aceitação do convite na Galp significa uma opção pela carreira profissional, em detrimento da atividade política. Ao mesmo jornal, Assunção Cristas afirmou que a renúncia ao cargo foi acordada e logo assumida quando Adolfo informou que iria aceitar o convite da Galp. Não se trata de qualquer incompatibilidade, mas uma questão de disponibilidade e de opção pessoal, justificou a presidente do CDS.
"É uma perda, no sentido em que o Adolfo é ótimo e deixa de ser vice-presidente, mas seria mais preocupante se ele não pudesse preparar o programa eleitoral, que é o trabalho mais relevante que ele está a fazer do ponto de vista partidário", disse Cristas ao Expresso.
Na carta de renúncia, Mesquita Nunes, que nas últimas autárquicas foi o candidato do partido à Câmara da Covilhã, recorda que, em março de 2016, quando integrou a direção do CDS, já "tinha tomado a opção, que aliás anunciei publicamente, de voltar para a minha vida profissional e de a ela me dedicar prioritariamente".
"Para essa opção, contribuíram motivos vários, sobretudo pessoais, conhecidos de todos os que me são próximos: gosto de pensar políticas públicas e gosto de contribuir para um país com mais liberdade, mas o exercício diário e profissional da política, sobretudo num tempo de sobre-exposição, afasta-se do quotidiano que perspetivo para a minha vida",disse o ex-secretário de Estado do Turismo no governo anterior.