Torre de Moncorvo registou seis abalos sísmicos nos últimos cinco dias

O Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) registou em cinco dias seis abalos sísmicos de pequena intensidade no concelho de Torre de Moncorvo, que "não representam nada de especial"
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"Desde o dia 13 de julho, foram registados seis pequenos abalos sísmicos, sendo que dois foram os mais sentidos pela população. O primeiro sismo teve uma magnitude 2,9 na escala de Richter, não causando danos pessoais ou materiais, e daí em diante houve réplicas, sendo a última registada na noite de ontem", explicou à Lusa, o chefe da Divisão de Geofísica do IPMA, Fernando Carrilho.

A atividade sísmica está a ser registada nas proximidades do sistema de falhas geológicas da Vilariça, numa zona do território nacional "com historial nesta matéria".

"À partida, estes pequenos sismos, não representam nada de especial. São eventos que acontecem regulamente. Contudo, continuamos a monitorizar e tentar perceber o que está a acontecer e, em caso de necessidade, haverá sempre um aviso aos serviços de proteção civil", explicou o especialista.

Segundo Fernando Carrilho, o sismo que gerou maior impacto junto ao concelho de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, foi registado no século XIX, com uma magnitude de seis na escala de Mercalli, uma escala qualitativa usada para determinar a intensidade de um sismo a partir dos seus efeitos sobre as pessoas e sobre as estruturas construídas e naturais.

"Este abalo sísmico provocou danos ligeiros nas construções mais frágeis", vincou.

Os sismos são classificados na escala de Richter segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequeno (2,0-2,9), pequeno (3,0-3,9), ligeiro (4,0-4,9), moderado (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grande (7,0-7,9), importante (8,0-8,9), excecional (9,0-9,9) e extremo (superior a 10).

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