Rio defende medidas de apoio à economia do Algarve

O presidente do PSD defendeu esta quarta-feira medidas especificas de apoio à economia do Algarve, alegando que a região "devido à sua dependência do turismo", não pode ser tratada como o Porto ou Lisboa. Rio iniciou hoje uma visita de dois dias pelo Algarve.
Publicado a
Atualizado a

"O Algarve não pode ser tratado da mesma maneira, porque a dependência que as áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa têm do turismo, é grande, mas não na proporção que é no Algarve", disse aos jornalistas Rui Rio, em Albufeira.

O líder dos social-democratas que iniciou esta quarta-feira uma visita de dois dias ao Algarve, afirmou que o Governo tem obrigação de olhar para a região de forma diferente dada a sua especificidade, ao depender do turismo, setor de atividade económica mais afetado pela pandemia da covid-19.

"O que entendo do que tenho ouvido, é que para lá das medidas transversais que têm de existir para a economia portuguesa, aqui [Algarve] há uma especificidade e o Governo tem obrigação de olhar para essa especificidade", sublinhou.

Rui Rio referiu que a sua deslocação à região tem por objetivo "ouvir a realidade no local, porque uma coisa é estar fora de onde os problemas existem e outra é perceber e sentir os problemas no terreno".

Para o líder social-democrata, Portugal estando a sofrer com a quebra do turismo, setor importantíssimo para a balança de pagamentos nacional, "há que encontrar, e o Governo em primeiro lugar, medidas adequadas às circunstâncias da região".

Segundo Rui Rio, poderá fazer sentido medidas de apoio às empresas, por via do 'lay-off', mais concentradas para os meses de agosto e de setembro, mas destaca que no Algarve, esses meses até são os menos maus".

"Aquilo que se prevê devido à sazonalidade, estimo eu, em outubro, novembro e a partir dai, é que se as empresas não faturaram de uma forma minimamente equilibrada no verão, como é que vão suportar depois os meses seguintes", questionou.

Para o líder social-democrata, anteveem-se, nos meses fora da designada época alta, "problemas sociais gravíssimos", defendendo a implementação de medidas "não para os resolver, mas para os atenuar".

"Não podemos pedir milagres porque se a economia não produz os problemas existem, mas nós devemos atenuá-los. Um apoio tendo em vista esta circunstância, porque só em abril as coisas poderão atenuar, é uma especificidade que existe aqui", indicou.

Na opinião de Rio, se a situação da saúde e da economia devido à pandemia da covid-19 melhorar "dentro do mal que isto tudo é, talvez a partir do período da Páscoa recomece, não a normalidade, mas o caminho para a normalidade".

Rui Rio especificou que a sua deslocação de dois dias ao Algarve pretende ouvir os empresários e as entidades da região, de forma a que possa apresentar medidas para atenuar os problemas de uma das maiores regiões turísticas do país.

"Decidi vir ao Algarve para ouvir e poder formalizar, na minha modesta opinião, as medidas que possam ser as mais impactantes para aquilo que se pretende na região", concluiu.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt