Nove mortos e 39 feridos graves na Operação Natal da GNR e PSP

De 18 a 25 de dezembro, as autoridades registaram mais de 3500 acidentes.
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Nove pessoas morreram e 39 ficaram feridas com gravidade nos mais de 3500 acidentes registados pela GNR e PSP durante a operação Natal e Ano Novo, entre os dias 18 e 25 de dezembro. Os números foram revelados ao início desta tarde numa conferência de imprensa, que contou com a Autoridade Nacional Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

O número de vítimas mortais registados nas estradas nacionais representa uma descida de 57% em comparação com o mesmo período do ano passado, revelou Rui Ribeiro, presidente da ANSR. Em relação aos feridos graves também foram registados menos 15 por cento do que em 2018. Este ano, no entanto, foram contabilizados mais 384 acidentes do que no período homólogo.

Para a ANSR, estes números "mostram que os condutores portugueses estão mais conscientes da responsabilidade que lhes cabe na segurança rodoviária". "Enquanto houver mortos nas estradas, o nosso trabalho está incompleto", sublinhou Rui Ribeiro, da ANSR, na conferência que teve a presença do tenente-coronel da GNR Paulo Gomes e do intendente da PSP Nuno Carocha.

Neste período de oito dias, no continente, foram contabilizados 3521 acidentes. Em 2018, durante o mesmo período, verificaram-se 3187 sinistros.

Os dados da GNR relativos a esta operação, fornecidos à Lusa e atualizados às 07:00, indicam que foram registados 1520 acidentes, com seis mortos, 19 feridos graves e 381 ligeiros.

Na fiscalização rodoviária a GNR contabiliza mais de 25 000 condutores fiscalizados, com 6771 contraordenações.

Desde o início da operação "Natal e Ano Novo", a GNR fez ainda mais de 22 mil testes de álcool aos condutores fiscalizados, levantando 287 contraordenações e registando 146 casos considerados crime (taxa de álcool de valor igual ou superior a 1,2 g/l).

Quanto à velocidade, a mesma fonte adiantou que foram detetados 2.654 casos de excesso de velocidade, 136 casos em que não estavam a ser usados os cintos de segurança ou cadeirinhas para crianças.

Foram ainda autuados 220 condutores por uso de telemóvel durante a condução.

A operação Natal e Ano Novo da GNR arrancou no passado dia 20 de dezembro, com um reforço do patrulhamento rodoviário nas estradas de maior tráfego do país para prevenir acidentes e garantir a fluidez do trânsito.

Mais de 4500 militares da GNR nas estradas até 5 de janeiro

Para a operação, que termina a 5 de janeiro, a GNR mobiliza diariamente cerca de 4 600 militares da Unidade Nacional de Trânsito e dos Comandos Territoriais.

Durante a operação, os militares da corporação estão "particularmente atentos" ao excesso de velocidade, manobras perigosas, ultrapassagens, mudança de direção e de cedência de passagem, uso do telemóvel durante a condução, não circulação na via mais à direita em autoestradas e itinerários principais e complementares e uso do cinto de segurança.

Em comunicado, a GNR aconselha os condutores a efetuarem um planeamento cuidado das viagens, evitando os períodos do final do dia, quando se prevê maior intensidade de tráfego, descansarem antes da viagem e, pelo menos de duas em duas horas, ou sempre que sintam necessidade, efetuarem paragens de descanso, além de adequarem a velocidade às condições meteorológicas, ao estado da via e ao volume de tráfego rodoviário.

A Autoridade de Segurança Rodoviária (ANSR), a GNR e a PSP promovem ao final da manhã desta quinta-feira uma conferência de imprensa conjunta para divulgação dos resultados da sinistralidade e das ações de fiscalização durante o período de Natal.

Atualizado às 13:33

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