PSP divulga os 25 locais onde vão estar os coletes amarelos

Em comunicado a PSP enumera os locais para onde estão autorizadas as manifestações previstas para esta sexta-feira (dia 21) e avisa que vai "assegurar todas as ações necessárias para garantir a segurança, ordem e tranquilidades públicas". Polícia diz que teve a garantia de 16 grupos de organizadores que não querem violência nos protestos
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A Polícia de Segurança Pública divulgou os 25 locais em 17 cidades onde são esperadas manifestações do "Movimento Vamos Para Portugal como Forma de Protesto" a partir das 07.00 desta sexta-feira (dia 21). No comunicados onde refere que estas são localizações apenas na sua área de responsabilidade a PSP frisa que "desenvolverá todas as ações necessárias para garantir a segurança, ordem e tranquilidades públicas, bem como os direitos, liberdades e garantias dos cidadão, nomeadamente estabelecendo um equilíbrio entre o exercício do direito de manifestação e o direito à livre circulação, em especial à circulação rodoviária".

Os locais são os seguintes:

Lisboa - Praça Marquês de Pombal - Assembleia da República; Palácio de Belém e Autoestrada 8 (Torres Vedras-Lisboa);

Porto - VCI-Nó de Francos e Av. da AEP;

Açores - Ponta Delgada;

Madeira - Rotunda do Infante;

Aveiro - Pingo Doce - Aveiro Híper;

Braga - Nó de Enfias;

Bragança - Mirandela/Bragança;

Castelo Branco - A23

Coimbra - Rotunda Casa do Sal;

Évora - Praça do Giraldo e Rossio São Brás;

Faro - Praça 1.º Maio (Portimão) e Rotunda Fórum Algarve;

Guarda - Rotunda Ti Joaquina;

Leiria - Caldas da Rainha e Estádio Dr. Magalhães Pessoa (Leiria);

Santarém - Rotunda do Continente;

Setúbal - Rotunda dos "Golfinhos";

Viana do Castelo - Praça da República;

Viseu - Junto à Câmara Municipal de Viseu; Rossio

Outros sítios

A esta lista da PSP juntam-se outros locais em que estão previstos protestos: Ponte Vasco da Gama; Túnel do Marão; Vila Real; Barcelos; Ovar; Lamego; Covilhã; Ourém; Portagens de Alverca; IC 19 e Beja.

O que é o "Movimento Vamos Parar Portugal como forma de Protesto"

Este movimento nasceu com uma página na rede social Facebook que apelava a uma manifestação pacífica para mostrar o descontentamento da população em relação às decisões dos governantes. Os organizadores inspiraram-se nos protestos dos coletes amarelos que durante vários dias mostraram em França o seu descontentamento com decisões do presidente da República francesa Emmanuel Macron, começando pelo aumento do preço de combustíveis - entretanto anulado.

O que se reinvidica em Portugal?

O movimento quer a redução do imposto sobre os produtos petrolíferos e do IVA sobre combustíveis e gás natural. Também defende a diminuição das taxas sobre a eletricidade, nomeadamente as taxas de audiovisual. Querem ainda a concessão de incentivos fiscais para micro e pequenas empresas. Defendem que o salário mínimo deve subir para os 700 euros, suja sustentação seria feita com cortes nas pensões mais elevadas. Pretendem que as pensões e reformas subam, alegando que as pensões minimas deviam ser de 500 euros. Uma das maiores reivindações é a adoção de medidas de combate à corrupção, com um código penal mais rigoroso. Exigem ainda uma melhor qualidade no Serviço Nacional de Saúde.

Houve reuniões com a PSP?

Sim. De acordo com as informações recolhidas pelo DN elementos da Polícia de Segurança Pública reuniram com 16 grupos de organizadores destes protestos, tendo estes garantido que não queriam ações violentas durante o protesto que terá lugar em vários locais do país.

Há receio de elementos radicais se juntarem às manifestações?

O Partido Nacional Renovador já anunciou que irá juntar-se ao protesto no Marquês de Pombal (Lisboa), mas apenas com bandeiras e as suas palavras de ordem. A polícia está ainda atenta às movimentações de grupos da extrema esquerda, como um grupo de anarquistas da região de Setúbal.

São a única preocupação da polícia?

Não. Há receios de que surjam ações individuais, por exemplo: para um carro na estrada alegando que está avariado.

Que conselhos dá a PSP?

Numa nota divulgada já na tarde desta quinta-feira a PSP aconselha a utilização dos transportes públicos, a escolha de vias em que não estejam previstos protestos. Dirigindo-se aos manifestantes frisa que devem respeitar a legislação no que diz respeito aos direitos de reunião e manifestação, a respeitarem as ordens da PSP e terem em consideração que é proibido por lei bloquear vias rodoviárias.

Qual é o papel da GNR?

A Guarda Nacional Republicana tem vindo "a monitorizar e a recolher informações" ao longo das últimas semanas e "em permanência", a fim de garantir a liberdade de circulação, segurança e proteção e pessoas e bens. Em comunicado, a GNR explica que vai empenhar e adaptar o seu dispositivo policial em função dos acontecimentos e "respeitando sempre os princípios da necessidade e proporcionalidade".

A GNR estará em locais predefinidos?

Sim, nomeadamente nalgumas das principais autoestradas e no âmbito das operações Comércio Seguro e Natal Tranquilo, como habitualmente nesta época natalícia. Os acessos à Ponte 25 de Abril e às cidades do Porto, Braga e Aveiro, as portagens de Alverca e Loures ou as pontes Vasco da Gama e da Arrábida são alguns dos pontos em que os agentes da GNR estarão destacados.

O tráfego aéreo pode ser afetado?

Pode, como se tem visto desde quarta-feira no aeroporto londrino de Gatwick e devido à presença de drones que obrigaram a encerrar o respetivo espaço aéreo. Nesse sentido e de forma preventiva, a Autoridade Aeronáutica Nacional decidiu criar zonas de exclusão aérea em torno dos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro. Essas medidas irão vigorar entre as 06:00 e as 18:00 horas de sexta-feira, período em que só os aviões e aparelhos devidamente autorizados podem circular naquelas áreas com um raio de seis quilómetros em torno daqueles locais.

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