Marcelo lamenta morte de Gaspar Barreira, cientista de "prestígio internacional"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte do físico Gaspar Barreira, destacando o seu papel na internacionalização da ciência portuguesa.
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"O Presidente da República lamenta a morte do professor Gaspar Barreira, cientista de prestígio internacional, que deu um contributo fundamental para o desenvolvimento da investigação na área da física, através do seu trabalho no LIP - Laboratório Português de Experimentação de Física de Partículas", refere uma mensagem publicada na página da Presidência da República na Internet.

O chefe de Estado destaca o papel de Gaspar Barreira na internacionalização da ciência portuguesa, nomeadamente "na cooperação com instituições científicas cimeiras como o CERN" (Laboratório Europeu de Física de Partículas).

"O Presidente lamenta a morte do cientista, do professor e mentor de gerações de engenheiros e cientistas, bem como a do lutador pelos valores da liberdade e da democracia", refere ainda o texto.

O físico português Gaspar Barreira morreu na última noite, aos 79 anos, revelou hoje o presidente do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), Mário Pimenta.

A morte do físico português foi também anunciada na página na Internet da instituição, que Gaspar Barreira ajudou a fundar.

Gaspar Barreira nasceu em Braga a 04 de maio de 1940 e estudou Física e Matemática na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Na sequência da entrada de Portugal para o CERN como membro de pleno direito, criou em 1986, juntamente com o ex-ministro Mariano Gago, o LIP, uma associação científica com delegações em Lisboa e Coimbra, que realiza investigação no campo da física experimental de altas energias e da instrumentação associada, colaborando com diversas entidades internacionais.

Gaspar Barreira foi representante oficial de Portugal em diversas organizações científicas internacionais, tendo coordenado diferentes programas de cooperação científica e tecnológica internacional.

Em 2006 recebeu a Ordem do Infante D. Henriques pelo seu contributo para a internacionalização da Investigação Científica Portuguesa.

Numa mensagem, a diretora-geral do CERN, Fabiola Gianotti, disse estar "profundamente chocada".

"Estou muito triste. Perdemos um grande amigo do CERN e da física de partículas, um cientista excelente e uma pessoa verdadeiramente única", acrescentou.

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