Arouca ganha Prémio Município do Ano 2018 com "Geoparque Mundial da UNESCO"

Arouca venceu o Prémio Município do Ano 2018 com o projeto "Arouca - Geoparque Mundial da UNESCO", numa iniciativa promovida pela Universidade do Minho que visa "reconhecer boas práticas" autárquicas.
Publicado a
Atualizado a

O Prémio Município do Ano 2018 foi entregue, esta noite, a Arouca pelo projeto "Arouca - Geoparque Mundial da UNESCO", numa iniciativa promovida pela Universidade do Minho que visa "reconhecer boas práticas" autárquicas com impacto social, económico, cultural ou ambiental.

Em declarações à Lusa, à margem da cerimónia de entrega dos Prémios Municípios do Ano - Portugal 2018, que decorreu ao início da noite em Guimarães, no Paço dos Duques, o responsável pela plataforma UM-Cidades, que coordena o concurso, Paulo Pereira, salientou que houve "um crescimento e melhoria" dos projetos apresentados, sendo que o de Arouca se distinguiu pela "multidisciplinaridade".

"Este é um projeto que abrange a temática da valorização do território, na sequência da intervenção dos passadiços [sobre o rio Paiva], que já foi objeto de concurso anterior. O projeto procura valorizar o concelho de Arouca em temáticas como lazer, território, mas com uma forte preocupação ambiental", descreveu Paulo Pereira.

Segundo o responsável, o "Arouca - Geoparque Mundial da UNESCO" tem como "mais-valia" a grande abrangência de áreas: "É um projeto multidisciplinar, com muitas preocupações, desde a componente de intervenção no território, ao impacto na economia, mas salvaguardando a fauna e flora do território, que é uma das abordagens mais significativas", continuou.

Além do Prémio Município do Ano foram entregues mais nove distinções: a Montalegre pelo projeto "Sexta-feira 13 Noite das Bruxas (categoria Norte - menos de 20 mil habitantes), a Braga pelo "Inteligência Urbana na Mobilidade Escola - School Bus (Categoria Norte - mais de 20 mil habitantes), a Arouca pelo "Geoparque Mundial da UNESCO" (Categoria Área Metropolitana do Porto), a Idanha-a-Nova pelo "Recomeçar Idanha" (Categoria Centro - menos 20 mil habitantes), à Mealhada pelo "CATRAPIM - Festival de Artes para Crianças (Centro - mais de 20 mil habitantes).

Foram também visados os municípios de Cascais com o "MobiCascais" (Categoria Área Metropolitana de Lisboa), a Sines pelo "Festival Músicas do Mundo de Sines - 20 anos (Categoria Alentejo), a Loulé com "LOULÉ. Territórios. Memórias. Identidades" (Categoria Algarve) e a Vila Praia da Vitória pelo "Eco-restauro ecológico da Zona Húmida Costeira" (Categoria Regiões Autónomas).

"Estes projetos não são apenas no âmbito cultural, mas também abrangem a componente de valorização do território ao nível da sustentabilidade urbana, nomeadamente da mobilidade"; descreveu Paulo Pereira.

O responsável pela UM-Cidades salientou que "há uma melhoria dos projetos a concurso em relação aos anos anteriores, são projetos bem consolidados e não apenas iniciativas avulsas, isoladas para um determinado ano, têm um suporte estudado e com impacto no território".

Para Paulo Pereira, o empenho dos municípios reflete a importância dada à distinção: "Este crescimento e melhoria da qualidade dos projetos também mostra que a importância desta iniciativa, deste galardão, está a crescer", referiu.

Esta foi a quinta edição dos Prémios Município do Ano e contou com 56 candidaturas, estando nomeados projetos de 35 municípios para as nove categorias e para o grande prémio final.

O concurso "visa reconhecer as boas práticas de projetos implementados pelos municípios com impacto no território, na economia e na sociedade, promovendo o crescimento, a inclusão e a sustentabilidade".

Aquele galardão quer também "colocar na agenda a temática da territorialização do desenvolvimento, perspetivada a partir da ação das autarquias, bem como valorizar realidades diversas que incluam as cidades e os territórios de baixa densidade nas diferentes regiões do país".

A iniciativa foi ganha em 2014 pelo município de Lisboa (projeto "Há Vida na Mouraria"), em 2015 por Vila do Bispo (projeto "Festival de Observação de Aves & Atividades de Natureza"), em 2016 pelo Fundão (projeto "Academias de Código") e em 2017 por Guimarães (projeto "Pay-as-You-Throw no Centro Histórico de Guimarães").

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt