Dias de calor vieram para ficar, mas a chuva prepara-se para bater à porta
Este domingo, em que Portugal registou uma ligeira descida das temperaturas, foi um dia sem exemplo para o que se prevê no arranque desta semana. Amanhã, segunda-feira, o calor volta em força, "mais expressivo nas regiões do interior e litoral centro", que podem chegar aos 39 ou 40 graus", explica a meteorologista Madalena Rodrigues, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Mas engane-se se acha que com o calor está livre da chuva.
Logo esta segunda-feira, Portugal volta a sentir "uma subida dos valores da temperatura", que se vai manter pelo menos até dia 22 de julho apenas nas regiões do interior. O distrito de Lisboa estará solarengo e quente, a rondar os 35 graus. Évora e Santarém, por exemplo, chegarão aos 39 graus. Vão, aliás, "manter-se os avisos amarelos pelo menos até ao final do dia 21, podendo ser prolongado nas regiões do interior até dia 22, pelo menos".
Já os distritos de Porto e Aveiro, por exemplo, não irão além dos 23 graus esta segunda-feira, fazendo adivinhar uma "ligeira descida" das temperaturas no resto do país a partir dos dias 21 e 22. Segundo disse a metorologista ao DN, "nesta semana vai predominar o tempo limpo", mas haverá "nebulosidade na faixa costeira ocidental".
Esta semana o tempo pode, contudo, trazer surpresas, com "possibilidade de aguaceiros e trovoadas" para os dias 20 e 21, especialmente neste segundo dia, "mais nas regiões do interior e durante a tarde", explica Madalena Rodrigues, do IPMA.
A partir de quinta-feira, o calor começa a abrandar. O IPMA prevê "uma ligeira descida dos valores da temperaturas e, até dia 26, se se mantiver o prognóstico, passaremos a ter temperaturas normais para esta época do ano - à volta dos 35 graus no interior e 30 graus nas zonas do país".
Em relação à temperatura da água, o Algarve continuará a registar valores altos, da ordem dos 20 e 24 graus. A meteorologista Madalena Rodrigues explica que este "é um fenómeno normal", fruto do vento levante que vem do estreito de Gibraltar e "traz as temperaturas do Mediterrâneo, um pouco mais quentes do que as do Atlântico".
O governo declarou na quinta-feira a situação de alerta em Portugal Continental devido às previsões meteorológicas para os próximos dias que apontam para um "significativo agravamento do risco de incêndio rural". No entanto, este domingo, decidiu prolongar a situação de alerta por mais 48 horas, até terça-feira.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, explicou que "para os próximos dois dias as condições meteorológicas não são favoráveis, amanhã [segunda-feira] haverá uma previsível subida de temperatura e o núcleo de apoio à decisão indica-nos situações de instabilidade meteorológica na terça-feira".
"Tendo em conta que a maioria dos municípios estarão nos próximos dois dias com o nível de risco máximo ou muito elevado, com a avaliação que determina os níveis de prontidão elevados por termos a maioria do território do continente em níveis muito elevados, laranja ou vermelho, de alerta, decidimos que a situação de alerta se prolongará por mais 48 horas até final do dia de terça-feira", afirmou, no final de uma reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), em Carnaxide, Oeiras, este domingo.