Grande Lisboa apresenta plano com mais sombras e plano anti-incêndios

Área Metropolitana de Lisboa apresenta esta sexta-feira o plano de adaptação às alterações climáticas que se vão sentir nas próximas décadas
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A Área Metropolitana de Lisboa (AML) apresenta sexta-feira o plano para a adaptação da região às alterações climáticas que se vão sentir nas próximas décadas. A TSF teve acesso ao documento, que prevê 50 medidas e que revela que, no pior dos cenários, a temperatura média da região poderá subir 3,2 graus até 2100, com mais 35 dias muito quentes durante o ano, mais 34 noites com temperaturas consideradas tropicais e menos 17,3 por cento de chuva.

Entre a meia centena de medidas está um plano para a criação de mais sombras em meio urbano através de árvores ou de telas e de ações de arrefecimento do espaço público através da instalação de corpos de água e de sistemas de aspersão. "Deverão também ser desenvolvidas ações de sensibilização que incrementem a capacidade de autoproteção da população (sobretudo dos grupos mais vulneráveis e dos turistas), assim como ações de reforço da resposta dos serviços de saúde e proteção civil em situações de calor extremo", refere o documento, citado pela TSF.

Além dos impactos das temperaturas elevadas para a saúde humana, nomeadamente para os grupos de população mais vulneráveis, outro problema motivado pelas alterações climáticas passa pela vulnerabilidade a incêndios rurais ou florestais. O plano prevê "a formação de uma coroa de vulnerabilidade [a incêndios] muito alta na margem norte (concelhos de Sintra, Cascais, Mafra, Loures e Vila Franca de Xira), o agravamento da vulnerabilidade na Serra da Arrábida (Sesimbra e Setúbal), o agravamento da vulnerabilidade nas áreas interiores da área metropolitana (sobretudo no concelho do Montijo) e em áreas mais densamente arborizadas localizadas na área mais central da região (Lisboa, Odivelas, Barreiro e Seixal)".

Entre as 50 medidas estão previstas 16 para adaptar a região às secas, entre elas a redução ou reutilização da água consumida no exterior, dez para mitigar os efeitos da subida do nível das águas do mar e oito para adaptar os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa ao aumento das cheias e inundações.

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