A resolução do BES em 3 de agosto de 2014, pelo Banco de Portugal, impactou profundamente a bolsa portuguesa e o seu principal índice, o PSI20. A crise foi desencadeada pela falta de pagamento de uma dívida por uma empresa do Grupo Espírito Santo (GES) em 25 de junho de 2014, gerando desconfiança e descapitalização do BES..A crise afetou significativamente o PSI20, que valia cerca de 6000 pontos em agosto de 2014, mas caiu para uma média de 5000 pontos entre 2014 e 2019..A desconfiança no Setor Financeiro português refletiu-se nas cotações dos bancos, e o PSI20 perdeu 20% até ao final de 2014, movimento contrário às principais bolsas mundiais..Estima-se que a crise do BES tenha retirado entre 25% a 30% do valor da bolsa portuguesa até agosto de 2015, cerca de 12 mil milhões de euros, ou 7,5% do PIB português na altura..Várias lições foram aprendidas e medidas tomadas pelas autoridades nacionais, destacando-se a criação de uma cultura de exigência, a remoção de conflitos de interesses, a clareza e transparência da informação e o reforço da coordenação entre as autoridades..Reforçar os poderes de supervisão e evitar que bancos façam parte de conglomerados mistos foram recomendações importantes..A proteção dos clientes de retalho também foi enfatizada para evitar casos como os dos “lesados do BES”. Contudo, como disse Mark Twain, a “História não se repete, mas às vezes rima”.