“Gestão mais profissional”

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Todos nos recordamos da resolução do BES e do forte impacto na sociedade, que passados dez anos ainda persiste, com processos ainda em tribunal, lesados ainda por indemnizar e um custo para o Estado acima de 8000 milhões de euros (em recapitalizações do Novo Banco) e que ainda deverá subir, entre deve e haver, até que tudo esteja terminado, daqui a muitos mais anos. 

O que mudou na nossa banca?

Parece consensual que a banca se adaptou às políticas monetárias do BCE, a supervisão está mais apertada e a gestão dos bancos acompanhou essa maior exigência, tornando-se mais profissional - e menos próxima do poder político -, o que se refletiu numa melhoria dos indicadores do setor entre março de 2014 e março de 2024 (dados do Banco de Portugal).

O ativo bancário sobre o PIB baixou de 2,8 para 1,68 e o rácio de transformação (crédito sobre depósitos) de 117% para 77%, mostrando que a desalavancagem prosseguiu após o fim do Programa de Ajustamento.

A rentabilidade do capital próprio aumentou, beneficiando da melhoria da eficiência da operação e observou-se também um claro reforço da capitalização.

A manterem-se as melhorias na supervisão, gestão e menor proximidade da banca ao poder político, estou confiante de que não teremos outro episódio como o do fim do BES.

Adicionalmente, a banca acelerou a digitalização, e intensificou o foco em sustentabilidade e inclusão financeira.

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