Eram rosas, senhor

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A história de Lisboa nos últimos anos tem sido marcada por uma narrativa que mais parece tirada de um romance de contrastes.

De um lado, temos Carlos Moedas, o visionário que trouxe a inovação à capital como quem oferece pastéis de nata aos turistas. Do outro, o Partido Socialista, que, segundo alguns lisboetas, plantou mais controvérsias nas ciclovias do que árvores nos jardins.

Importa reforçar a enorme atenção dada aos avós de Lisboa, sobretudo num período em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está sob enorme pressão. Moedas apresentou e implementou dois importantes projetos para dar resposta aos lisboetas.

Por um lado, o Plano de Saúde Lisboa 65+, um dos projetos emblemáticos da gestão dos Novos Tempos, destinado a fornecer cuidados de saúde gratuitos para cerca de 130 mil lisboetas com mais de 65 anos. O plano inclui teleconsultas 24 horas por dia, assistência médica ao domicílio, transporte em ambulância e consultas de várias especialidades, como oftalmologia e estomatologia. Além disso, cobre medicamentos e oferece próteses dentárias e óculos a idosos vulneráveis, como os beneficiários do Complemento Solidário para Idosos.

Por outro lado, o projeto Clínicas Lisboa + Saúde tem como objetivo oferecer cuidados de saúde básicos e gratuitos, aliviando a pressão sobre o SNS e garantindo que mais pessoas tenham acesso a consultas e tratamentos, foi implementado em bairros onde há uma grande carência de médicos de família. Um exemplo é a nova clínica inaugurada no Lumiar, que serve uma população de 37 mil pessoas, das quais 27 mil não têm médico de família.

Para a implementação dos projetos de saúde, a Câmara Municipal de Lisboa tem estabelecido parcerias com entidades como a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa e a Associação Nacional de Farmácias.

Estas colaborações, despojadas de ideologia, mas centradas na resposta às pessoas, permitem uma integração mais eficaz dos serviços de saúde e um maior alcance entre os lisboetas.

Mas não é só na Área da Saúde que os contrastes se fazem notar.

Na mobilidade, o projeto de transportes públicos gratuitos em Lisboa, lançado por Moedas, visa promover uma mobilidade mais sustentável. Este programa oferece transporte público a determinados grupos da população, como jovens, estudantes e idosos, com cerca de um em cada seis lisboetas já a beneficiar desta medida.

Por isso vejo com espanto um certo socialismo vir pregar que nada de novo há em Lisboa, o que me leva a recordar Os Maias, que retrata a alta sociedade lisboeta do final do século XIX, que Eça via como decadente e ilusória, escondendo tragédias e contradições profundas, certamente aplicável ao socialismo dos dias de hoje.

Contradições como recusar a instalação de hotéis sociais em algumas freguesias, para acolher os mais vulneráveis dos vulneráveis, já que todas as freguesias de Lisboa deveriam ter estes equipamentos, num exercício exigível de acolhimento e integração. Mas, na realidade, os socialistas são responsáveis pelo maior desapoio de sempre, que fez, em pouco tempo, aumentar em 25% a população em situação de sem-abrigo na cidade de Lisboa.

As rosas que representavam algo novo e promissor murcharam, tal como a trágica governação socialista da cidade de Lisboa.

Se os socialistas que hoje criticam tudo o que é feito, bem como aquilo que os próprios foram incapazes de fazer em 14 anos, não hibernaram, então certamente meteram a cabeça na areia durante todo esse período, aparecendo agora, sem pudor, mas também sem compreender que a cidade que abandonaram seguiu em frente e está melhor assim.

Perante esta postura de crítica destrutiva e oposição socialista, a que juntam novas promessas e ilusões deixadas às portas dos Lisboetas, como uma versão revisitada do cavalo de madeira deixado pelos gregos como presente durante a Guerra de Tróia, na Eneida, podemos adaptar a imagem e alertar: “Cuidado com os socialistas que trazem presentes.”

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