Nelson Tanure sai da administração da Pharol

Empresário brasileiro sai antes da assembleia-geral da Pharol onde era pedido a sua destituição "com efeitos imediatos" do conselho de administração.
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O empresário brasileiro Nelson Tanure já não faz parte do conselho de administração da Pharol, tendo a sua participada High Bridge deixado de ter qualquer participação na empresa que tem como principal ativo uma participação na brasileira Oi. Tanure sai antes da assembleia geral extraordinária da Pharol, onde era pedido a sua destituição.

"Nelson Sequeiros Rodriguez Tanure renunciou, a 6 de dezembro de 2019, ao respetivo cargo de membro não executivo do Conselho de Administração da Pharol", comunicou a empresa ao mercado.

O anúncio da saída do empresário da administração da Pharol surge no mesmo dia em que foi conhecido que a High Bridge Unipessoal, Lda, desde o passado dia 5, deixou de ter "qualquer participação no capital social da Pharol SGPS S.A., não detendo qualquer ação representativa do mesmo". A High Bridge era o terceiro maior acionista da Pharol, com uma participação de 4,88%.

A 21 de novembro a Pharol anunciou a convocação, para 18 de dezembro, de uma assembleia-geral extraordinária de acionistas com dois pontos em agenda. O primeiro passaria por reduzir os “números mínimo e máximo de membros do conselho de administração da sociedade”, sendo para isso necessário alterar o nº1 do artigo 18º dos estatutos da Pharol. Em caso de aprovação, o conselho de administração passaria a ser composto por mínimo de três e um máximo de sete membros.

A Pharol pedia ainda que os acionistas deliberassem "com efeitos imediatos" a destituição de Nelson Tanure, Jorge Augusto Santiago das Neves e de Aristóteles Luiz Menezes Vasconcellos Drummond, de membros do conselho de administração da sociedade.

A saída de Tanure surge assim antes da reunião magna de acionistas onde era pedido o seu afastamento.

O empresário entrou em junho de 2017 na administração da Pharol, depois de um duro braço de ferro pelo controlo da brasileira Oi. Pharol e Tanure foram 'aliados' na oposição aos moldes em que foi desenhado e implementado o plano de recuperação judicial da operadora brasileira.

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