Vitória de Fillon nas primárias da direita e do centro
François Fillon vai ser o candidato da direita e do centro nas presidenciais de 2017 em França. Derrotou por clara margem o outro candidato, Alain Juppé, na segunda volta que decorreu hoje.
François Fillon obteve 67% na segunda volta das primárias à direita, vencendo Alain Juppé, que se ficou pelos 33%.
Em caso de derrota, Alain Juppé comprometera-se a apoiar Fillon, tendo-se este pronunciado no mesmo sentido.
No discurso de vitória, Fillon deixou no ar a hipótese de chamar Sarkozy para um cargo numa sua presidência e disse "estender a mão" a Juppé. "Preciso de todos (...) para ajudar a servir o meu país". Recordando que, "desde há três anos", tem percorrido a França "a ouvir" os seus concidadãos, salientou ser indispensável "a verdade" e "atos" para mudar a atual realidade da sociedade francesa. Para Fillon, a sua foi "uma vitória de fundo, alicerçada em convicções".
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Vencedor inesperado da primeira volta das primárias da direita francesa, Fillon, de 62 anos, Fillon será o candidato desta família política e surge posicionado nas sondagens como o melhor colocado para vencer Marine Le Pen, que é dada como presença certa na segunda volta das presidenciais, em maio de 2017. Segundo as sondagens, nenhum candidato de esquerda consegue passar à segunda volta.
Foram instaladas 10 229 assembleias de voto, em que estiveram presentes cerca de 81 mil colaboradores a título benévolo e foram impressos 70 milhões de boletins de voto. O voto decorreu na França continental, em alguns territórios extra-europeus e junto das comunidades de franceses a residirem no estrangeiro.
Com um custo total estimado entre os seis e os nove milhões de euros, e tendo votado nas duas voltas cerca 8, 7 milhões de eleitores, que pagaram dois euros, somando mais de 17 milhões de euros, isto significa que o candidato vencedor arrecada para a campanha presidencial, pelo menos, oito milhões de euros. Um balão de oxigénio para Os Republicanos, que têm dívidas à banca na ordem dos 73 milhões de euros, principalmente, devido aos custos da campanha de Sarkozy nas presidenciais de 2012, em que acabou derrotado pelo socialista François Hollande.