"Estaria certamente disponível para isso. Estou disponível para me encontrar com qualquer pessoa", afirmou esta quarta-feira o presidente dos EUA, Donald Trump, ao ser questionado, à chegada à Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, sobre um possível encontro com o chefe de estado da Venezuela Nicolás Maduro..Trump fez, no entanto, questão de sublinhar que todas as opções para resolver a crise venezuelana estão em cima da mesa, incluindo "as mais fortes". "E sabem o que eu quero dizer por fortes", acrescentou o líder norte-americano que preside esta quarta-feira ao Conselho de Segurança da ONU, sem dar mais detalhes..A disponibilidade para encontrar-se com o presidente da Venezuela surge um dia depois de Trump afirmar que o seu homólogo venezuelano poderia ser rapidamente derrubado pelo exército do país..Aos jornalistas, Trump admitiu que não estava a pensar encontrar-se com o presidente venezuelano, mas se ajudar a Venezuela e se Maduro quiser um encontro, ele estará disponível. "Não estava nos meus planos, mas se for para ajudar as pessoas é para isso que aqui estou", referiu o presidente norte-americano..Donald Trump já tinha afirmado que a situação na Venezuela é "um caso triste" que deseja "ver resolvido".."O que se passa lá é uma tragédia humana", acrescentou..EUA aplica sanções.Ainda na terça-feira, o Departamento do Tesouro norte-americano (equivalente ao Ministério das Finanças) anunciou a aplicação de sanções financeiras contra várias figuras do círculo mais próximo do Presidente Nicolás Maduro, incluindo a própria mulher do chefe de Estado venezuelano (Cilia Adela Flores de Maduro)..A vice-Presidente venezuelana, Delcy Rodriguez, o ministro da Comunicação e Informação venezuelano e ex-presidente da Câmara de Caracas, Jorge Rodríguez, e o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino Lopez, também constam na lista de visados..No mesmo dia da divulgação das sanções, o vice-Presidente norte-americano, Mike Pence, anunciou na sede das Nações Unidas que os Estados Unidos vão atribuir uma assistência humanitária adicional superior a 48 milhões de dólares (na ordem dos 40 milhões de euros) para ajudar os venezuelanos afetados pela crise vivida naquele país..A Venezuela, país que conta com uma importante comunidade portuguesa, atravessa uma grave crise económica, social e humanitária que já obrigou milhares de pessoas a fugirem daquele território, atravessando as fronteiras em direção ao Brasil, Colômbia, Equador, Peru ou Chile..Com Reuters e Lusa