Trump confirma morte do porta-voz do Estado Islâmico

"O favorito para substituir Abu Bakr al-Baghdadi foi aniquilado pelas tropas norte-americanas", anunciou o presidente dos EUA referindo-se a Abu Hasan al-Muhayir.
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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou esta terça-feira que o porta-voz do grupo extremista Estado Islâmico (EI), Abu Hasan al-Muhayir, morreu numa operação promovida pelos norte-americanos.

"Acabei de confirmar que o favorito para substituir Abu Bakr al-Baghdadi foi aniquilado pelas tropas norte-americanas. O mais provável é que assumisse a liderança (EI) e agora também está morto!", publicou Trump na sua conta na rede social Twitter.

As Forças Democráticas da Síria (FSD), uma aliança liderada pelos curdos que tem sido o principal aliado dos Estados Unidos na sua luta contra o EI, já haviam dito no domingo passado que Al-Muhayir morrera numa operação norte-americana diferente da ocorrida no sábado, que acabou por matar o líder do EI, Abu Bakr Al-Bagdadi, na cidade de Ain al-Baida.

"As duas operações lideradas pelos EUA desmantelaram efetivamente a chefia do EI que estava escondida no noroeste da Síria. Há mais ainda (desta liderança), que está escondida na mesma área", disse Mustafa Bali, declarou porta-voz da FDS, numa mensagem publicada no Twitter.

Uma autoridade norte-americana disse ao Wall Street Journal, na segunda-feira, que a operação contra Al-Muhayir foi um ataque aéreo no nordeste da Síria e ocorreu logo após o ataque ao complexo onde o líder do EI estava escondido.

Al-Muhayir era casado com a filha de Al-Baghdadi e era considerado "um dos possíveis sucessores" do líder do EI.

O grupo extremista poderá levar "algumas semanas" para anunciar o seu novo líder, após este duplo golpe desferido pelos Estados Unidos, disse o funcionário consultado pelo jornal de Nova Iorque.

"Provavelmente será alguém do círculo próximo" de Al-Bagdadi, acrescentou a fonte.

Al-Bagdadi era o líder terrorista mais procurado desde a morte do chefe da rede da Al-Qaida, Osama bin Laden, em 2011.

O anúncio da morte do líder do EI aconteceu após Washington ter anunciado a redução do seu envolvimento na região e ainda Trump aprovar a retirada controversa de mil soldados dos EUA que foram destacados na Síria.

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