Seul diz que caso suspeito da Coreia do Norte não estava infetado
Não estava infetado e não esteve em contacto com casos confirmados de covid-19. É esta a posição da Coreia do Sul sobre o homem que desertou da vizinha Coreia do Norte e que regressou ao país liderado por Kim Jong-un tornando-se no primeiro caso suspeito de infeção por coronavírus de Pyongyang.
Foi este fim de semana que a Coreia do Norte registou o primeiro caso "suspeito" de coronavírus desde que o início da pandemia. O país entrou em estado de "emergência máxima". O homem em causa "retornou a 19 de julho depois de cruzar ilegalmente a linha de demarcação", que serve de fronteira com a Coreia do Sul, segundo a agência oficial do regime de Pyongyang, KCNA.
Esta segunda-feira, as autoridades de Seul garantem que o homem nunca foi confirmado como sendo um doente infetado pelo novo coronavírus na Coreia do Sul nem como um contato de um caso confirmado de covid-19.
"A pessoa não é registada como paciente de covid-19, nem classificada como pessoa que entrou em contato com doentes infetados pelo vírus", disse Yoon Tae-ho, um oficial de saúde sênior, segundo a agência de notícias Yonhap, citado pela BBC.
Os testes de despiste que foram realizados a duas pessoas que tiveram contato próximo com o desertor deram resultado negativo, informaram ainda as autoridades de Seul.
De acordo com as forças armadas sul-coreanas, o desertor, um homem de 24 anos, regressou ao norte a partir da ilha de Ganghwa, passou por um cano de esgoto nadando depois cerca de 1,6 quilómetros até chegar à Coreia do Norte.
"Vimos o local específico de onde ele fugiu, pois foi encontrada uma mala que, acredita-se, pertence ao homem", disse o coronel Kim Jun-rak, segundo a agência Yonhap.
É extremamente raro os desertores norte-coreanos voltarem ao seu país de origem, onde grupos de direitos humanos dizem que enfrentam severas punições por terem saído - o Ministério da Unificação do Sul diz que apenas 11 são conhecidos por fazê-lo nos últimos cinco anos.
O jovem que agora é um caso suspeito de covid-19 na Coreia do Norte terá desertado em 2017. De acordo com a AFP está a ser investigado no sul por suspeitas de ter cometido o crime de violação.
Com AFP