Reino Unido regista mais 917 mortes num dia e aproxima-se das dez mil
No Reino Unido morreram mais 917 pessoas infetadas com coronavírus nas últimas 24 horas, elevando para 9 875 o total de óbitos desde o início da pandemia, comunicou este sábado o Ministério da Saúde britânico.
A atualização dos dados mostra que o número de pessoas diagnosticadas com covid-19 aumentou para 78 991, ou seja, mais 5 234 do que no dia anterior.
Na sexta-feira, o balanço diário tinha registado um aumento de 980 mortes e mais 5 706 novas infeções relativamente a quinta-feira.
Os números das mortes referem-se a pacientes diagnosticados com covid-19 que morreram no hospital até às 17.00 horas da véspera e são compilados a partir de dados das direções regionais de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
O número de pessoas infetadas é contabilizado de forma diferente e inclui os diagnósticos feitos até às 9.00 horas deste sábado.
Estas estatísticas não incluem mortes fora do hospital, como aquelas registadas em lares de idosos, e algumas podem não ser incluídas no balanço diário devido a atrasos no registo dos óbitos, refere o Ministério da Saúde.
Numa entrevista hoje à BBC, o ministro da Saúde, Matt Hancock, disse ser ainda "muito cedo" para levantar as restrições e medidas de distanciamento social, apesar dos sinais de que a curva epidemiológica está a crescer menos.
"Estamos a começar a ver a curva a achatar. Estamos a começar a ver o número de novas hospitalizações com coronavírus a achatar. Mas é muito cedo para levantar as medidas e as pessoas precisam de ficar em casa", vincou.
Para tentar travar o contágio, o Reino Unido encontra-se em regime de confinamento desde 23 de março, estando em vigor restrições ao funcionamento de bares, cafés e restaurantes, autorizados apenas a vender para fora, enquanto outros estabelecimentos, como lojas de roupa, cinemas, teatros e ginásios, estão encerrados.
As pessoas só estão autorizadas a sair para comprar bens essenciais, como comida ou medicamentos, para fazer exercício uma vez por dia, para ajudar pessoas vulneráveis ou para trabalhar quando não o possam fazer de casa.
Entretanto, numa atualização sobre o estado de saúde do primeiro-ministro, Boris Johnson, uma porta-voz disse que este continua a fazer "bom progresso" na recuperação da doença, devido à qual foi hospitalizado no domingo passado.
Johnson saiu na quinta-feira dos cuidados intensivos, onde passou três noites, devido à persistência dos sintomas da doença, com a qual foi diagnosticado a 26 de março.
O primeiro-ministro britânico foi inicialmente hospitalizado a 5 de abril "por precaução" para fazer testes por continuar com "sintomas persistentes ao fim de 10 dias" e passou para os cuidados intensivos no dia seguinte.
O novo coronavírus já provocou mais de 103 mil mortos e infetou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, mais de 341 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 870 mil infetados e 71 335 mortos, é o que regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 18 849 óbitos, entre 147 577 casos confirmados.