Mundo
13 agosto 2020 às 12h26

Região russa ordena campanha de vacinação contra a peste bubónica

Descoberta de casos da doença na Mongólia levou o líder da república siberiana de Tuva a tomar a decisão.

DN/Lusa

Uma região russa próxima da fronteira com a Mongólia ordenou nesta quinta-feira uma campanha de vacinação contra a peste bubónica, após a descoberta de casos da doença em território mongol.

O líder da república siberiana de Tuva, Cholban Kara-ool, ordenou a vacinação dos criadores de iaques (mamíferos ruminantes) nos dois distritos localizados na fronteira entre a Rússia e a Mongólia, informaram as autoridades locais num comunicado.

"A doença é perigosa e penosa", disse Cholban Kara-ool, citado no comunicado, sublinhando a necessidade de "uma reserva permanente de vacina".

O político disse que dez casos de peste bubónica, que causaram duas mortes, foram registados recentemente em Ulan Bator, capital da Mongólia.

É preciso "compreender o perigo de consumir carne de marmota", que pode ser portadora da bactéria Yersinia pestis, responsável pela doença, e "a necessidade de vacinar-se a tempo", insistiu Cholban Kara-ool.

Pelo menos uma pessoa morre por ano de peste bubónica na Mongólia, onde são realizadas campanhas para impedir as pessoas de se aproximarem ou comerem marmotas.

No início de julho, as autoridades russas já haviam pedido o fim da caça e do consumo de marmotas após a descoberta de casos de peste bubónica na Mongólia e na vizinha China.

Os serviços de saúde russos também indicaram que iniciaram uma campanha de triagem para esta doença entre roedores na Buriácia, outra região russa na fronteira com a Mongólia.

A peste bubónica espalha-se de animais para humanos através das picadas de pulgas infetadas ou através do contacto direto com pequenos animais infetados. Não é facilmente transmitido entre pessoas.

No início de julho, a Organização Mundial da Saúde declarou que está a vigiar de perto os casos de peste bubónica detetados na China e na Mongólia, enfatizando que a situação não representa uma grande ameaça e está "bem administrada".