Putin assegura que o país vai reduzir despesas militares

"Vamos construir as nossas relações com todos os países do mundo de forma construtiva", afirmou o Presidente russo
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Vladimir Putin assegurou hoje que a Rússia vai diminuir as despesas militares em 2018 e 2019 e que não pretende iniciar uma "corrida aos armamentos", um dia após a reeleição e em plena tensão com o Ocidente.

"Previmos uma diminuição das despesas militares para este ano e para o próximo ano", declarou durante um encontro com os restantes candidatos às presidenciais de domingo, mas assinalando que "tal não implicará uma diminuição das capacidades defensivas" da Rússia.

"Não permitiremos nenhuma corrida aos armamentos", insistiu.

"Vamos construir as nossas relações com todos os países do mundo de forma construtiva, e para que os nossos parceiros estejam dispostos ao diálogo e através de meios políticos e diplomáticos", afirmou o Presidente russo.

"Claro que não depende apenas de nós. É como no amor, é necessário que exista um interesse das duas partes, caso contrário não haverá amor", acrescentou.

Vladimir Putin garantiu no domingo uma vitoria de uma amplitude sem precedentes desde a sua chegada ao poder há 18 anos, ao ser reeleito com 76,7% dos votos, segundo os resultados praticamente definitivos divulgados hoje.

A taxa de participação, um barómetro decisivo para o Kremlin reivindicar a legitimidade do escrutínio, situa-se nos 67,47%, mais 2,02% em comparação com as presidenciais de 2012.

Esta vitória surge em pleno confronto entre a Rússia e o Ocidente, devido ao conflito sírio, à crise ucraniana e às acusações de ingerência russa nas presidenciais dos Estados Unidos que elegeram Donald Trump.

O confronto entre a Rússia e o Ocidente acentuou-se ainda após Londres ter acusado Moscovo do envenenamento de um ex-espião russo no Reino Unido.

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