Novas regras nos cruzeiros: lotação reduzida, sem buffet e mais controlo médico

Companhias de navegação adotam protocolos contra a Covid-19 para recuperar um setor que no ano passado levou 30 milhões de turistas a navegar pelo Mediterrâneo
Publicado a
Atualizado a

Um dos setores mais afetados pela crise provocada pela Covid-19, os navios de cruzeiros adotaram regras sanitárias mais apertadas de forma a reconquistar a confiança dos clientes e voltar a apresentar números idênticos aos do ano passado, quando 30 milhões de turistas navegaram pelo mar Mediterrâneo.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento espanhol, dois em cada três cruzeiros pararam em portos do Mediterrâneo. Ou seja, 5,6 milhões de pessoas passaram pelas docas do Mare Nostrum nos primeiros sete meses de 2019.

Com vista à recuperação económica, foram elaborados novos protocolos nos quais estão previstas medidas como a supressão a bordo de buffet para evitar o contacto ou a redução da capacidade para 40%, com "quartos sim, quartos não".

"No turismo de cruzeiros, pretende-se também controlar o fluxo de pessoas não só dentro dos navios, mas também nos destinos, com protocolos para visitar os locais emblemáticos de cada cidade", explicou ao El Mundo Airam Díaz Pastor, presidente da Med Cruise, da Associação de Portos de Cruzeiro do Mediterrâneo, que reúne até 135 portos em 26 países.

Esta crise é também considerada "uma oportunidade para analisar e construir um turismo de cruzeiros sustentável, amigo do ambiente e que evita a sobrelotação, não só devido à pandemia, mas para melhorar a experiência, aprendendo com os erros do passado", diz Díaz Pastor, que tem visto os litorais transformarem-se em locais privilegiados para a construção desenfreada.

Ainda assim, o presidente da Med Cruise destaca que "o cruzeiro é a forma mais segura de viajar", porque "as companhias marítimas sempre colocaram a segurança de seus passageiros e de sua tripulação em primeiro lugar e contam com uma estrutura médica impressionante".

No entender de Días Pastor, o cruzeiro ideal "começaria por Portugal, desceria até Cabo Verde, passava pelas Ilhas Canárias e pela Madeira, entraria pelo Estreito de Gibraltar, pararia em Marrocos e Tunísia e depois passaria por França, Itália e mar Adriático, um lindo mar com Eslovénia e Croácia, e depois ilhas gregas, Malta, Chipre, Egito e Mar Negro, chegando à Geórgia e Istambul". "Cerca de 20 ou 30 dias", frisou.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt