NATO aumenta presença na região do Mar Negro com mais exercícios
Secretário-geral sublinhou que objetivo dos exercícios é "prevenir o conflito, não provocá-lo", assinalando: "não vamos igualar a Rússia"
O secretário-geral da NATO anunciou hoje que a Aliança Atlântica vai aumentar a presença naval no Mar Negro, com mais exercícios, e que as forças multinacionais nos países bálticos estarão completamente operacionais em junho.
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"Não vamos igualar a Rússia em número de soldados, tanques ou aviões. O nosso objetivo é prevenir o conflito, não provocá-lo", afirmou o norueguês, salientando que se trata de "medidas defensivas e calculadas".
Jens Stoltenberg falava em conferência de imprensa na sede da organização, em Bruxelas, no final de uma reunião de ministros da Defesa da NATO.
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No Mar negro, onde está permanentemente colocada uma frota russa, os aliados vão fazer "treino e exercícios reforçados", dando à força naval permanente da NATO capacidade de se coordenar com contingentes de outros países aliados na zona.
As forças da NATO no Mar Negro estão subordinadas a uma brigada multinacional baseada na Roménia, que comanda meios aéreos, navais e terrestres.
Portugal participa nessa missão com quatro oficiais, que vão desempenhar funções de Estado-Maior baseados na Roménia, segundo fonte do ministério da Defesa português.
Por outro lado, disse, "já começaram a chegar tropas dos quatro grupos multinacionais que vão aumentar a presença da NATO na Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia, no seguimento do que foi aprovado em outubro, disse.
Estas forças deverão "estar completamente operacionais em junho", afirmou.
Jens Stoltenberg anunciou que a Líbia pediu formalmente na quarta-feira à NATO que aconselhe o país em "matéria de defesa e segurança institucional", o que será discutido pelo Conselho do Atlântico Norte "tão breve quanto possível".
A Aliança Atlântica aprovou ainda uma atualização do plano de defesa contra `ciberataques", aumentando "a capacidade de trabalhar em conjunto, desenvolver capacidades e partilhar informação".
O secretário-geral considerou que da cimeira saiu "um reforço da defesa e capacidade dissuasora" da NATO.