Jovem indiana queimada quando ia testemunhar contra alegados violadores

Jovem de 23 anos está em estado crítico no hospital, com 70 por cento de queimaduras, após um grupo de cinco homens lhe terem pegado fogo
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Uma jovem indiana de 23 anos está em estado crítico no hospital, com 70 por cento de queimaduras, depois de ter sido atacada por cinco homens na cidade de Unnao, na Índia, quando se preparava para testemunhar contra dois homens que alegadamente a violaram. Os atacantes agarram-na numa estação de comboios, arrastaram-na, derramaram-lhe gasolina e pegaram-lhe fogo.

De acordo com a polícia local, dois dos atacantes eram os mesmos homens contra os quais a vítima apresentou queixa em março. Um deles estava sob fiança, enquanto o outro estava a ser procurado pelas autoridades.

A polícia adiantou também que a jovem teve um relacionamento com um dos seus agressores no ano passado. Depois de lhe ter prometido casamento, o homem explorou-a fisicamente e depois violou-a com um amigo.

Este foi o mais recente de uma série de ataques brutais contra mulheres em solo indiano, o que tem causado uma onda de indignação em todo o país.

Na semana passada, uma veterinária de 26 anos foi enganada por quatro homens, que primeiro furaram as rodas da sua motocicleta e depois, enquanto fingiam ajudá-la a consertá-la, levaram-na à força para uma habitação onde sofreu uma violação em grupo. Depois foi asfixiada, tendo posteriormente o seu corpo sido regado com gasolina e queimado.

A Índia viveu na segunda-feira várias manifestações e debates no parlamento que exigiram o reforço das penas por violência sexual.

As leis contra agressões sexuais endureceram na Índia, depois do caso de Jyoti Singh, uma jovem estudante universitária que morreu após ser violada e torturada por seis homens num autocarro, em Nova Deli, em 2012.

Entretanto, este endurecimento da lei não evitou que outros casos continuem a acontecer no país.

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