Mais uma profecia de Bill Gates que se cumpre. Agora foi a vacina da Pfizer
As previsões de Bill Gates sobre a covid-19 têm dado que falar. O envolvimento do magnata da tecnologia e fundador da Microsoft na luta contra o novo coronavírus e o facto de estar sempre bem informado sobre os estudos e avanços que são apresentados, fizeram dele um profeta sobre a evolução da pandemia. Agora adivinhou qual seria a primeira vacina a chegar ao mercado.
Há cerca de dois meses, no dia 15 de setembro, Bill Gates garantiu que a primeira vacina disponível seria a da americana Pfizer. Aliás, nesse dia, durante a entrevista à CNBC, o bilionário chegou a adiantar a data em que a farmacêutica solicitaria a licença de comercialização.
"Acho que assim que entrarmos em dezembro ou janeiro, pelo menos dois ou três laboratórios pedirão a aprovação. Temos estudos de fase 3 em andamento. A única vacina que, se tudo der certo, poderia solicitar a licença de uso no final de outubro seria a Pfizer ", disse o magnata ainda sem setembro.
Em relação às outras vacinas, Gates também se aventurou a apontar aquelas que precederiam a Pfizer. Numa segunda etapa, chegariam a AstraZenca e a da Universidade de Oxford. Mas Gates desconfia que "não seja esta primeira geração de vacinas" a resolver o problema.
Na mesma entrevista, o fundador da Microsoft foi questionado sobre quando, na sua opinião, a normalidade seria de novo uma realidade. E respondeu assim: "A única maneira de voltarmos completamente à normalidade é ter, talvez não a primeira geração de vacinas, mas outra vacina que seja super eficaz e chegue a muita gente de forma a eliminar a doença rapidamente a um nível global."
É esperar para ver... se mais uma profecia de Bill Gates se cumpre. Embora para muitos a covid-19 pareça ter surgido do nada na China, o fundador da Microsoft vem dizendo que o mundo não estava preparado para uma nova pandemia desde 2010.
Em 2014, durante uma conferência em Vancouver, no Canadá, quando discursava sobre a epidemia do Ébola, Gates falou sobre a próxima doença mortal, numa palestra intitulada "O Próximo Surto? Não estamos prontos". "Se algo matar mais de 10 milhões de pessoas nas próximas décadas, é mais provável que seja um vírus altamente infecioso do que uma guerra", afirmou Bill, que, em 2016 se referiu à nova pandemia como "uma grande gripe".
Já em 2018 disse: "Se a História nos mostrou alguma coisa, é que haverá outra epidemia global mortal". Dois anos depois o mundo deu-lhe razão.
Bill Gates foi várias associado a teorias da conspiração (sobretudo nas redes sociais) relacionadas com a covid-19, mas sempre as rejeitou, negando estar por detrás da pandemia ou de tentar controlar o mundo através de vacinas.
"É uma má combinação de pandemia, redes sociais e pessoas à procura de explicações simples", disse Gates à cadeia de televisão CNN.
Desde o início da pandemia, as equipas de "verificação de factos" da agência de notícias France-Presse (AFP) demonstraram a falsidade de dezenas de rumores sobre Bill Gates, em várias línguas e redes sociais, do Facebook ao Instagram.
Um vídeo que acusava mesmo Bill Gates de querer "eliminar 15% da população" através da vacinação da população, e nas redes sociais surgiram falsos artigos de imprensa (conhecidos como 'fake news') e fotografias manipuladas.
Em maio, durante uma conversa virtual com jornalistas sobre a luta contra a desinformação em tempos da covid-19, a porta-voz do Parlamento Europeu, Delphine Colard, contou que uma rádio belga difundiu teorias segundo as quais a pandemia foi criada por Bill Gates "para implantar 'microships' e controlar a população".
No início de abril, várias publicações que se tornaram virais na África Ocidental alegavam que sete crianças tinham morrido no Senegal após terem recebido a "vacina Bill Gates", um boato com origem numa piada de um comerciante de cosméticos nos arredores de Dakar, segundo a AFP.