Julian Assange pode morrer na prisão se não receber tratamentos médicos

Julian Assange, fundador do portal WikiLeaks, pode morrer na prisão caso não lhe sejam prestados cuidados médicos, acusa um grupo de 60 médicos num documento dirigido ao governo britânico.
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Julian Assange, 48 anos, encontra-se detido na prisão de alta segurança em Belmarsh, no sul de Londres, onde aguarda a decisão do tribunal britânico sobre o pedido de extradição para os Estados Unidos onde pode vir a ser julgado pela divulgação de documentos confidenciais.

Na carta divulgada esta segunda-feira e dirigida à ministra do Interior britânica, Priti Patel, um grupo de médicos de vários pontos do mundo expressam "grande preocupação" sobre o estado de saúde de Julian Assange. Os médicos são dos Estados Unidos, Australia, Ingleterra, Suíça, Itália, Alemanha, Sri Lanka, Polônia.

"Do ponto de vista médico e perante as provas disponíveis estamos muito preocupados com o estado de saúde de Assange que tem de enfrentar um julgamento em fevereiro. Na nossa opinião, Julian Assange precisa de ser analisado do ponto de vista médico sobre o seu estado físico e psicológico", refere o documento firmado pelos médicos.

Caso "não receba ajuda médica, Julian Assange, poder morrer na prisão", acrescentam os subscritores da carta, que basearam a afirmação no que "viram pelos seus próprios olhos" com a presença de Assange em tribunal dia 1 de novembro em Londres, de acordo com Neils Melzer, o especialista em tortura das Nações Unidas, segundo o britânico The Guardian.

Os Estados Unidos acusam o fundador do portal WikiLeaks porque se infiltrou nos sistemas informáticos governamentais norte-americanos.

Julian Assange esteve refugiado sete anos na embaixada do Equador em Londres, onde foi detido este ano.

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