Trump pressionou Espanha e a UE para romper diálogo com Maduro
O correspondente diplomático do jornal espanhol, Miguel González, descreve os acontecimentos e a pressão da administração Trump para que a Espanha e a União Europeia reconhecem-se a legitimidade do presidente interino da Venezuela Juan Guaidó.
No passado dia 22, o secretário de Estado da Cooperação e para a Iberoamérica espanhol, Juan Pablo de Laiglesia, de visita a Washington, reuniu-se com a subsecretária de Estado para o Hemisfério Ocidental, Kimberly Breier, e com os responsáveis do Conselho de Segurança Nacional. A situação da Venezuela, depois de Nicolás Maduro ter iniciado o seu segundo mandato presidencial a 10 de janeiro - com base numa eleição não reconhecida pela União Europeia - esteve sobre a mesa, segundo o correspondente diplomático do El País.
Após Juan Guaidó se ter proclamado presidente interino, no passado dia 23, Donald Trump reconheceu-o quase de imediato. Os ministros dos Negócios Estrangeiros espanhol e português reuniram-se em Madrid e acertaram pôr em marcha o chamado grupo de contacto internacional que a UE, entre países europeus e latino-americanos, que tentaria restaurar os canais de diálogo entre o regime de Maduro e a oposição.
Os chefes dos países da UE com maiores interesses na Venezuela reagiram com cautela. Mas as movimentações posteriores dos responsáveis pela diplomacia espanhola e os contactos que mantiveram com os homólogos americanos, ditaram que no passado dia 25, Espanha reconheceria Guaidó se "num prazo relativamente curto", Maduro não convocasse eleições e com supervisão internacional.
O Parlamento Europeu também já reconheceu o presidente Interino da Venezuela.