Sri Lanka. Um bombista suicida já tinha estado preso

O pai de dois dos bombistas suicidas envolvidos no atentado está detido por suspeita de ajudar os filhos
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Um homem identificado como sendo um dos bombistas suicidas envolvidos no atentado no domingo de Páscoa no Sri Lanka já tinha sido preso e depois libertado. A informação foi avançada esta quinta-feira por um porta-voz do governo do Sri Lanka à CNN.

Trata-se de Ilham Ahmed Ibrahim, um dos dois filhos de um magnata das especiarias que se explodiu nos nos atentados suicidas no domingo de Páscoa, que causaram a morte de 359 pessoas, segundo os últimos dados oficiais. De acordo com a mesma fonte, o bombista suicida detonou um dispositivo no Cinnamon Grand Hotel, em Colombo.

Ilham Ahmed Ibrahim e o irmão Imsath Ahmed Ibrahim estão entre os bombistas suicidas que foram identificados pelas autoridades

Anunciada detenção de pai de dois homens-bomba

O pai dois bombistas suicidas foi, entretanto, detido por suspeita de ajudar os filhos, anunciou esta quinta-feira o ex-chefe da Marinha do Sri Lanka.

Jayanath Colombage, que agora é especialista em contraterrorismo na Fundação Pathfinder, confirmou a prisão do pai dos bombistas em declarações à Associated Press.

A polícia do Sri Lanka ainda não prestou declarações sobre esta detenção.

Segundo o porta-voz da polícia, Ruwan Gunasekara, foram detidos mais 18 suspeitos de ligação aos atentados, elevando o total para 58.

Português morre nos ataques

O Governo afirmou que os ataques foram realizados por fundamentalistas islâmicos em aparente retaliação ao massacre nas mesquitas da Nova Zelândia em março, mas disse que os sete bombistas suicidas eram todos do Sri Lanka.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou também na terça-feira a autoria dos atentados contra igrejas e hotéis de luxo.

A capital do país, Colombo, foi alvo de pelo menos cinco explosões: em quatro hotéis de luxo e uma igreja.

Duas outras igrejas foram também alvo de explosões, uma em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e outra no leste do país.

A oitava e última explosão teve lugar num complexo de vivendas na zona de Dermatagoda.

As primeiras seis explosões ocorreram "quase em simultâneo", pelas 08:45 de domingo (04:15 em Lisboa).

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